Alvaro: dobradinha com Bueno.| Foto: Antônio Cruz/ABr
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Ministra Nancy Andrighi.
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A oposição não vai criar obstáculos à aprovação no Senado do projeto que cria a Comissão da Verdade, grupo governamental que fará a narrativa oficial das violações aos direitos humanos ocorridas entre 1946 e 1988. Após o DEM já ter confirmado apoio ao texto aprovado na semana passada pela Câmara Federal, o líder do PSDB, Alvaro Dias (foto), disse ontem que não há resistência ao projeto e que a ideia é fiscalizar a atuação do grupo. Ele cobrou independência dos integrantes da comissão. O governo negociou simultaneamente com deputados e senadores o texto aprovado na última quarta-feira, justamente para que o projeto não sofresse mudanças quando chegasse ao Senado, obrigando-o a voltar para a Câmara.

Sem tempo

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Se o PSD conseguir convencer o TSE a registrá-lo, o 28.º partido brasileiro enfrentará dificuldades típicas de siglas nanicas. Recém-criado, terá pouquíssimo tempo assegurado na propaganda eleitoral. O TSE retoma hoje o julgamento no qual decide se o partido terá ou não registro. Até agora a relatora, Nancy Andrighi (foto), votou a favor da legenda e o ministro Teori Zavascki concluiu que o processo deveria ser convertido em diligência. Se for realmente criado, o PSD deverá ter cerca de 50 deputados federais, mas pode ficar com um espaço restrito no horário eleitoral gratuito porque a divisão do tempo é feita com base na bancada eleita pela legenda e não pela que tem atualmente.

Lula e Sarkozy

A passagem do ex-presidente Lula por Paris marca a reaproximação com o presidente da França, Nicolas Sarkozy. Os dois chefes de Estado mantiveram estreitas relações políticas, que tiveram como principal reflexo a Parceria Estratégica França-Brasil. O acordo garantiu à França a venda de armamentos ao Brasil. Tudo caminhava bem para a França até que o governo francês se mostrou crítico a uma iniciativa sensível da política externa do governo Lula: o acordo sobre o programa nuclear do Irã, firmado em parceria com a Turquia. À época, a diplomacia francesa chegou a taxar a atitude brasileira de "ingênua". Então a relação entre os dois líderes azedou.

Para pensar...

"Não vejo possibilidade alguma de a Câmara ou o Senado aprovarem a criação de um imposto, nem neste ano nem no próximo. O que vejo é que, dentro do arcabouço de impostos que já são cobrados no Brasil, podemos readequar recursos para a área da saúde."

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Marco Maia, presidente da Câmara dos Deputados, negando que um projeto para criar um novo imposto para arrecadar recursos à saúde consiga avançar no Congresso.

Sigilo eterno

Já está no plenário do Senado, pronto para ser votado, o projeto de lei que regulamenta o sigilo de documentos oficiais. O texto, que tramita em regime de urgência por solicitação dos líderes partidários, foi enviado pela Comissão de Relações Exteriores e incluída na ordem do dia do plenário na quinta-feira. Com isso, o projeto pode ser votado assim que os senadores apreciarem as quatro medidas provisórias que estão trancando a pauta de votações.

Sem quórum

O Planalto perdeu ontem mais um dia de prazo na tramitação da proposta de emenda constitucional que prorroga a Desvinculação das Receitas da União (DRU). Novamente, poucos deputados governistas compareceram à Câmara e faltou quórum para abrir a sessão da tarde. Com isso, ainda não foi aberto o prazo de dez sessões para a apresentação de emendas ao projeto, que está em uma comissão especial.

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