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CPI da Propina

Vereador de Cascavel diz que prefere cuidar da campanha do que fiscalizar

Paulo Bebber, que era relator da chamada CPI da Propina, anunciou saída da comissão um dia após o Ministério Público pedir seu afastamento da Câmara

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) criada para investigar um suposto pagamento de propina ao prefeito de Cascavel, Edgar Bueno (PDT), e ao secretário de Obras, Paulo Gorski, ficou sem relator. Os dois são suspeitos de receber dinheiro de uma empresa da cidade. O vereador Paulo Bebber (PP), anunciou na tarde desta terça-feira (4) que está abandonando a comissão.

Bebber deixou a comissão um dia após o Ministério Público (MP) protocolar uma ação pedindo o afastamento dele e do presidente do Legislativo, Marcos Damasceno (PDT). O MP entende que ambos descumpriram ordem judicial ao engavetar a chamada CPI da Propina. A comissão só foi nomeada após decisão judicial que obrigou a Câmara a investigar o prefeito.

Bebber parece não estar nem um pouco preocupado com um possível afastamento. Ele disse que vai acatar qualquer decisão da Justiça e que prefere se dedicar a campanha à reeleição do que investigar o prefeito. "O momento é esse e eu vou acatar qualquer decisão. Eu me preocupo porque a campanha passa e passa muito rápido. Eu vou cuidar da minha vida eleitoral do que ficar fiscalizando", disse.

Segundo o vereador, no atual momento é "prejuízo de tempo ficar aqui dentro [da Câmara]" já que está em campanha eleitoral. "O Judiciário até acabou me favorecendo com relação a uma questão eleitoral, para mim até foi bom", diz. Apesar de insistir que será bom para sua campanha ausentar-se da Câmara, Bebber diz que vai recorrer caso seja afastado.

Segundo denúncia que também é investigada pelo Ministério Público (MP), o pagamento da propina teria sido feito por uma empresa responsável pela manutenção das máquinas da prefeitura.

O nome do novo integrante da comissão deverá ser anunciado até quinta-feira (6).

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