O pagamento de supersalários para diretores do Hospital Municipal de Foz do Iguaçu está provocando polêmica na cidade, no Oeste do Paraná. Os valores foram revelados nesta semana pelo vereador Nilton Bobato (PCdoB). O alvo das críticas é o contracheque do diretor do hospital. Ele recebe R$ 25 mil ao mês, valor superior ao que ganha o prefeito, Reni Pereira (PSB). Reni recebe R$ 20,9 mil.
Com base na Lei Complementar 17/93, Bobato diz que nenhum servidor municipal pode ter o salário superior ao do prefeito. Para o vereador, os valores pagos são imorais. "Isso não é normal." Bobato diz ainda que no currículo do diretor do hospital, formado em Ciências Contábeis, não consta experiência anterior em gestão hospitalar.
O vereador ainda denunciou que um diretor adjunto do hospital tem vínculo de parentesco com o proprietário do laboratório que atende a instituição. Bobato disse que vai propor na próxima semana a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o caso.
A reportagem da Gazeta do Povo entrou em contato com o hospital, mas não obteve retorno.
Greve
Ao mesmo tempo em que surgiu a denúncia de supersalário no hospital, 250 funcionários terceirizados da instituição porteiros, recepcionistas, entre outros ainda não foram pagos neste mês. Eles ameaçam fazer greve.
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