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A cassação pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) do registro de candidatura de Antônio Belinati (PP) foi o tema principal na Câmara de Vereadores, na tarde desta quarta-feira. A maior parte dos vereadores utilizou seu tempo no grande expediente pra criticar a decisão tardia dos ministros. Na avaliação dos vereadores, é necessário uma união das lideranças e que o futuro político da cidade é incerto.

Entre os mais contundentes, o vereador Tercílio Turini (PPS) defendeu que todos os partidos que possuam representantes em Brasília pressionem o TSE a julgar com rapidez quaisquer recursos de Belinati. Gláudio Renato de Lima (PT) apoiou a proposta e acredita que a cidade vive um estado de "insegurança jurídica". "O que o TSE fez foi um desrespeito com a democracia e com a cidade de Londrina".

Para Turini, a pressão por uma decisão seria a única forma de acalmar os ânimos e que assim possa ser decidido o quem será o prefeito da cidade. "A cidade não deve aceitar nenhuma outra decisão que não seja a definitiva", disse.

Os vereadores acreditam que decisão tardia do TSE após as eleições criou um nível de instabilidade política na cidade sem precedentes. "Os candidatos do 2º turno quase se mataram, os recursos foram gastos e a opinião do eleitor não vale nada?", questionou. Ele analisou que não existe clima para uma nova eleição, em razão da revolta dos eleitores de Belinati. "Quem vai ser doido de ir pedir votos nos bairros. Pode acontecer até uma morte nesse processo".

Entre todos os vereadores, tanto os que apóiam o prefeito eleito quanto os opositores, a opinião é de que o TSE demorou para decidir. "O TSE tumultuou o processo político e agora se espera que seja rápida a decisão", disse o vereador Roberto Kanashiro (PSDB). O vereador Antenor Ribeiro (PP), disse que "faltou equilíbrio do TSE". "Foi um bofetão na cara de quem escolheu seu candidato".

Tumulto

Apesar do clima quente de protestos no centro cívico, a sessão da Câmara de Vereadores foi amena com uma pequena presença de populares nas galerias. Nas portas de entrada, os seguranças da casa barravam a entrada de qualquer pessoa que tivesse relação com o protesto.

O presidente da Câmara de Vereadores, Sidney de Souza (PTB), negou que houvesse proibição. Segundo ele, após a vidraça ser quebrada, a única decisão foi evitar que pessoas com símbolos e imagens de Belinati entrassem. "Eles vieram para protestar na prefeitura e no Fórum Eleitoral e não aqui".

A vereadora Sandra Graça (PP) criticou a atitude de impedir a entrada. Ela lembrou que durante o processo de cassação de Antônio Belinati na Câmara, em 2000, as galerias ficaram lotadas. "Daquela vez o ‘movimento pés vermelhos mãos limpas’ fez toda a pressão aqui. Agora que são os pés no chão e mãos calejadas, eles não podem entrar".

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