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Vai demitir?

Veja quais dos vereadores de Curitiba já disseram que vão demitir os parentes que estão em cargos de comissão.

• Aladin Luciano (PV) – não foi encontrado para dizer se demitirá Elisa Luciano (esposa) e André Luciano (filho).

• Aldemir Manfron (PP) – diz que vai demitir Sílvio Manfron (filho).

• Ângelo Batista (PP) – diz que vai demitir Líbia Almeida (sobrinha) e Daniel Queiroz (sobrinho). Afirma que o filho Ângelo Batista Júnior não trabalha mais com ele.

• Celso Torquato (PSDB) – não vai demitir Mônica Mendes (filha) e Helena Linhares (irmã).

• Luiz Felipe Braga Cortes (PMDB) – não decidiu se vai demitir Alice Cortes (tia). A tia Abigail Cortes já não trabalha mais com ele.

• Jair Cézar (PTB) – não foi encontrado para dizer se vai demitir Thatiana de Oliveira (1.º grau) e Neuralice Maina (sobrinha)

• Jairo Marcelino (PDT) – vai demitir Jorge Marcelino (irmão)

• Jorge Bernardi (PDT) – vai demitir Maria Elizabete (esposa)

• José Roberto Sandoval (PSC) – vai demitir a filha Márcia Sandoval e não decidiu sobre o filho Marciel Sandoval

• Julieta Reis (PSB) – vai demitir a irmã Maria Beatriz Brambilla e não decidiu sobre o filho Rodrigo Reis

• Luiz Fernando Stellfeld (PC do B) – vai demitir o pai, Lauro Stellfeld

• Paulo Frote (PSDB) – não decidiu se vai demitir Kátia Bianco (cunhada)

• Beto Moraes (PL) – Sebastião Bento dos Santos, seu pai, nunca teria trabalhado com ele

• Tito Zeglin (PDT) – vai aguardar uma lei sobre o assunto para saber se demite Tiago Zeglin (filho).

• Geraldo Bobato (PFL) – diz que demitiu o filho Carlos Mauro Bobato em 2006.

A maior parte dos 15 vereadores de Curitiba com parentes empregados em cargos em comissão na Câmara Municipal se compromete a cumprir a recomendação do Ministério Público para que exonerem, em até 60 dias, os familiares comissionados. A recomendação de exoneração foi feita pelo Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Proteção ao Patrimônio Público.

A prefeitura de Curitiba e o Tribunal de Contas do Estado (TCE), que também receberam a orientação, ainda não se decidiram o que vão fazer. O próximo passo do Ministério Público deve ser tomar alguma atitude em relação ao governo do estado sobre o tema. A instituição aguarda ainda que a Assembléia Legislativa encaminhe a lista de parentes dos deputados empregados em cargos de confiança.

Na Câmara Muncipal, como a orientação da presidência da Casa foi a de exoneração dos parentes, o vereador Jorge Bernardi (PDT) já afirmou que vai demitir a esposa, Maria Elizabete. "Já conversei com ela e ela vai sair. Mas essa determinação tem de valer para todos", disse. Jairo Marcelino (PDT) e Aldemir Manfron (PP) também prometeram seguir a regra do Ministério Público.

"Considero que deveria haver uma legislação federal sobre o assunto nepotismo. Mas pretendo cumprir a determinação", disse Marcelino. "Não é uma questão ideológica, mas sim, moral. Por isso, vou acatar", explicou Manfron. Ângelo Batista (PP) também lamentou a falta que seus parentes farão ao seu lado, mas afirmou que vai cumprir o pedido sem problemas. "Vou substituí-los", afirmou ele, que tem dois sobrinhos empregados. O filho, segundo ele, já não trabalhava com ele há anos. Luiz Fernando Stellfeld (PC do B) foi outro que demonstrou aceitação quanto à sugestão de exoneração de familiares e disse que demitirá seu pai.

Quem também garantiu que o filho não trabalha mais com ele foi Geraldo Bobato (PFL). De acordo com ele, em novembro do ano passado, após a primeira manifestação do Ministério Público, ele demitiu o filho. Beto Moraes (PL) afirmou que não tem parente trabalhando no Legislativo municipal. Já o vereador Aladin Luciano (PV), não foi encontrado para comentar sobre os dois parentes empregados no parlamento.

Os demais parlamentares que praticam o nepotismo na Câmara Municipal de Curitiba afirmaram que vão aguardar o prazo de 60 dias para se decidirem, que vão fazer consultas ao MPE ou que preferem batalhar para que haja um legislação específica que proíba a prática nepotista no Paraná ou no Brasil.

A prefeitura de Curitiba e o TCE vão deixar a análise sobre os posicionamentos a cargo de seus departamentos jurídicos.

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