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Crise de ansiedade, pressão desregulada, 20 quilos a mais, princípio de diabetes. Estas foram apenas algumas das conseqüências da crise no Senado na saúde de Verônica Calheiros, mulher do presidente da Casa, Renan Calheiros, acusado de ter usado recursos do lobista Cláudio Gontijo, da construtora Mendes Júnior, para fazer pagamentos mensais de pensão alimentícia à jornalista Mônica Veloso, com quem tem uma filha de quatro anos. Mas Verônica não quer posar de coitadinha. Em entrevista à repórter Karla Monteiro, da Revista O Globo, a primeira dada desde que a traição de seu marido virou um escândalo político e público, ela conta como soube do caso e como tem vivido nos últimos meses.

- Não existe mulher Amélia. Amélia é uma personagem de música. Não sou coitadinha e não quero esse papel. Estou só batalhando para diminuir o sofrimento da minha família - diz.

A notícia da gravidez da amante do senador chegou numa carta anônima endereçada à casa da família em Maceió, ainda em 2004, quando a jornalista Mônica Veloso estava grávida de seis meses. Verônica conta na reportagem do Globo que chegou a achar que a carta se referia a seu filho, Renan, que hoje é prefeito de Murici. Somente numa segunda leitura ela percebeu que era seu marido o personagem em questão. Ela conta que o senador negou e depois disse que não tinha certeza.

- Tentei virar a página e ajudar meu marido a agir. Mas foram forçando a barra até chegar onde chegou. A pessoa me ligou para se gabar de que estava esperando uma menina, porque eu só tive meninos - conta Verônica ao Globo.

A confirmação da paternidade veio no Natal de 2005, quando o senador enfim concordou em fazer o teste e contou à esposa o resultado.

- Muita coisa aconteceu ao mesmo tempo. Meu filho foi candidato a prefeito e eu fui a Murici para ajudar na campanha. Eu ficava preocupada em administrar o problema, mas ao mesmo tempo ocupada - lembra. - Nessa época, vieram os trotes e mais cartas anônimas. Engordei 20 quilos, o casamento do Renanzinho foi adiado, tive princípio de diabetes e minha pressão se desregulou - conta ela, reconhecendo que a divulgação do escândalo instaurou definitivamente o caos na residência oficial do Senado.

Verônica diz que um dos apoios mais importantes que recebeu recentemente veio de Marisa, mulher do presidente Lula:

- No almoço do Itamaraty, a dona Marisa veio falar comigo e disse uma sábia frase: "Eu sei que não passou ainda, mas vai passar. Isso é certo em política. Tudo passa."

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