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O vice-governador Orlando Pessuti (PMDB) admitiu ontem que está cotado para assumir o Ministério da Agricultura. "Há sim quatro ou cinco nomes fortes nessa disputa. E eu estou na lista", disse. Entre os principais concorrentes estão outros dois companheiros de partido, o ex-governador do Rio Grande do Sul, Germano Rigotto, e o ex-deputado federal Delfim Netto.

Pessuti adiantou que aceitará um possível convite. "Já tenho a experiência de ter sido secretário da Agricultura, sei que posso fazer um bom trabalho." A espera por uma decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve demorar ao menos mais 20 dias, prazo mínimo para que seja anunciado o novo ministério, segundo assessores do Palácio do Planalto.

O principal cabo eleitoral de Pessuti é o governador Roberto Requião, um dos articuladores do apoio nacional do PMDB a Lula. A mudança do vice-governador para Brasília, no entanto, depende de outras costuras políticas. Além de Pessuti, outro peemedebista paranaense com chances de ser ministro, possivelmente o da Saúde, é Reinhold Stephanes.

Secretariado

A definição sobre o ministério é importante para a formação do novo secretariado de Requião. Independentemente de um chamado do presidente, Pessuti não voltará para a Secretaria da Agricultura. Além dessa, apenas outras quatro pastas importantes no governo do estado devem sofrer alterações de comando nos próximos dias – Saúde, Transportes, Cultura e Trabalho.

A tendência é que ao menos duas dessas trocas sejam utilizadas para abrir espaços na bancada do PMDB no Congresso Nacional. O deputado federal Max Rosenmann, por exemplo, é cotado para ser o novo secretário de Transportes. Stephanes, outro parlamentar, pode assumir a Secretaria da Saúde. Com isso, os suplentes Marcelo Almeida e André Zacharow assumiriam cadeiras na Câmara.

Para a Secretaria da Cultura, o favorito é o ex-deputado estadual Rafael Greca. Ele, porém, estaria mais interessado na indicação para a presidência da Companhia de Habitação do Paraná. O órgão era dirigido por Luiz Cláudio Romanelli, que irá cumprir mandato como deputado estadual. Para a Secretaria de Trabalho, a tendência é que seja escolhido um petista, possivelmente a ex-deputada federal Clair da Flora Martins.

Pessuti explicou que já conversou com Requião sobre as mudanças no secretariado. Mas não quis falar sobre nomes. "É como na piscicultura. Temos um tanque, que não suporta mais peixes. Aí colocamos um pedalinho para oxigenar a água e conseguir abrir mais espaço", disse.

O vice-governador também declarou que terá uma missão diferente no segundo mandato. Ele será um articulador político do governo, tanto dentro como fora do estado. "É um pedido do Requião. Posso garantir que não é uma função complicada e irei executá-la da melhor maneira possível", destacou.

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