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O vice-prefeito de Campinas (SP), Demétrio Vilagra (PT), tomou posse como prefeito da segunda maior cidade do Estado na manhã de hoje, em meio à crise político-administrativa que levou à cassação do pedetista Hélio de Oliveira Santos no último sábado. Menos de dez minutos após Vilagra ser empossado, o setor de protocolo do Legislativo já registrava ao menos dois pedidos de instauração de Comissão Processante (CP) para apurar denúncias contra o petista, processo que pode levá-lo também a perder o mandato.

Os pedidos serão votados na sessão da Câmara de amanhã. Para ser aprovada uma CP são necessários 22 votos, ou seja, dois terços dos votos de 33 vereadores. Vilagra responde a acusações do Ministério Público à Justiça de supostos crimes de desvio de recursos, fraudes em licitações e formação de quadrilha. "A minha defesa eu já fiz à Justiça. Sou uma pessoa limpa, não devo nada, por isso vou aguardar a decisão da Justiça", disse o novo prefeito. "Amanhã ou depois, se eu for condenado, não precisa de Comissão Processante: eu mesmo coloco meu cargo à disposição. Mas tenho certeza de que a Justiça vai me absolver".

A maior expectativa das lideranças políticas na cidade agora é a de qual será o posicionamento dos vereadores que, embora fossem da base aliada de Hélio de Oliveira Santos, votaram pelo impeachment do pedetista. Para a oposição, se os vereadores da base concordaram com a responsabilização de Hélio pelos atos de corrupção praticados por seus funcionários, é natural que Vilagra, sendo um dos acusados formalmente na Justiça, seja alvo de uma apuração no Legislativo. O petista teve a prisão decretada duas vezes e em uma delas chegou a ser detido.

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