Depois de ter denunciado na tribuna do Senado que petistas teriam contratado um espião para investigar sua família, o líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), afirmou no início da noite desta terça-feira ter pistas sobre a origem da notícia. Ele disse que recebeu um telefonema do dirigente da Força Sindical, Carlos Lacerda, seu conterrâneo, informando ter "quase certeza" de que o grupo que estaria vasculhando sua vida, e teria feito ameaças à sua família, seria coordenado por Wagner Caetano Alves de Oliveira, funcionário do Palácio do Planalto.
A assessoria de imprensa da liderança do PSDB informou que o senador conseguiu saber que Oliveira é subsecretário de Estudos e Pesquisas Político-Institucionais e esteve recentemente em Manaus na inauguração de um restaurante popular. Teria sido lá, segundo a assessoria, que Carlos Lacerda travou contato com ele.
Em nota, Arthur Virgílio afirma que ligou diretamente para o funcionário palaciano, que atendeu no celular.
- Vou ser direto - teria dito Virgílio, que afirmou ter falado diretamente para o assessor sobre as informações que havia recebido. Wagner Caetano negou que tivesse qualquer vinculação com o caso e ouviu do senador que o cerco será fechado em torno dos responsáveis e que considera intolerável mexer com sua família.
Virgílio informou ainda que o governador Eduardo Braga, do Amazonas, telefonou oferecendo os préstimos da polícia para localizar a pessoa que fez as ameaças. O senador quer saber se o autor das ameaças tem ou não algum tipo de vinculação com a Presidência da República.
A Secretaria Geral da Presidência informou que não tem nenhum fundamento a acusação. Oliveira é da estrutura da Secretaria Geral da Presidência, do ministro Luiz Dulci. A assessoria de Dulci disse que "a história não tem nenhum procedência". O Planalto se mostrou surpreso com as acusações do senador.
-
Um guia sobre a censura e a perseguição contra a direita no Judiciário brasileiro
-
O “relatório da censura” e um momento crucial para a liberdade de expressão
-
Braço direito de Moraes no STF já defendeu pena de morte e é amigo de Val Marchiori
-
Três governadores e 50 parlamentares devem marcar presença no ato pró-Bolsonaro de domingo
Deixe sua opinião