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Fogaça: PMDB não pode se contentar em ser apenas “cobiçado” para 2010 | Antônio Cruz/ABr
Fogaça: PMDB não pode se contentar em ser apenas “cobiçado” para 2010| Foto: Antônio Cruz/ABr
  • PMDB mais forte

O PMDB mal saiu das eleições municipais como o grande vencedor em todo o país e já está "valorizando o passe". Ontem, o prefeito reeleito de Porto Alegre, José Fogaça (PMDB), disse que o partido não pode se contentar apenas em ser "cobiçado" nas negociações para a eleição presidencial de 2010. "Não consigo enxergar o PMDB a reboque (de ninguém). O protagonismo do PMDB nesse processo (a eleição presidencial) deverá ser decisivo", disse Fogaça. Ao mesmo tempo, lideranças do partido no Congresso já articulam a quebra do acordo com o PT no Senado que previa que o próximo presidente da Casa seria um petista. Os peemedebistas também querem o cargo.

O prefeito de Porto Alegre ontem lembrou que o PMDB sai como maior força nacional das eleições municipais e que tem de fazer isso valer. O partido conquistou o maior número de prefeituras (1,2 mil das 5,5 mil cidades brasileiras). Ele lembrou também que as seis prefeituras vencidas pelo partido – Porto Alegre, Rio de Janeiro, Florianópolis, Salvador, Goiânia e Campo Grande – vão virar vitrines em 2010.

Apesar de o PMDB ainda não ter um nome nacional para a Presidência, Fogaça disse que o partido tem de ter um candidato próprio, inclusive para negociar com mais força uma possível aliança. Afirmou ainda que "não é impossível" uma coligação entre PMDB e PT no plano nacional – embora tenha concorrido com uma petista no segundo turno da capital gaúcha, a deputada federal Maria do Rosário (PT-RS).

O prefeito fez elogios irônicos à ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, como possível candidata à Presidência . "Ela é uma excelente candidata. Mas as condições políticas... isso é outra coisa. Acho a Maria do Rosário uma excelente candidata, mas votei em mim e não nela."

Ele também criticou a tendência de o PT tentar ser hegemônico nas alianças que estabelece com outras legendas. "Não há governabilidade com a exclusividade. Vide o primeiro mandato do presidente Lula, em que o PT achava que era dono exclusivo do governo. O segundo mandato (quando Lula não enfrentou uma crise como a do mensalão) é o mandato em que ele compreende a estrutura partidária brasileira."

Congresso

Com os resultados das eleições municipais, o PMDB também ganhou força para disputar o comando da Câmara dos Deputados e do Senado. Embora oficialmente o partido tenha lançado apenas o deputado Michel Temer (PMDB-SP) para presidir a Câmara, senadores peemedebistas trabalham nos bastidores para emplacar um nome da legenda no comando do Senado. O PT lançou o senador Tião Viana (AC) na disputa pela presidência do Senado com a esperança do ter o apoio do PMDB em troca dos votos petistas para eleger Temer. Mas os peemedebistas argumentam que o partido deve ficar com o comando das duas Casas por reunir as maiores bancadas na Câmara e no Senado.

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