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A viúva do milionário Renné Senna, a ex-cabeleireira Adriana Almeida, presta depoimento que já dura mais de quatro horas na Delegacia de Homicídios (DH), no Centro do Rio, nesta quinta-feira. Segundo o delegado Roberto Cardoso, ela confirmou que o ex-PM Anderson Souza tinha um plano para seqüestrar a filha dela e que por isso foi demitido. Ele trabalhava como segurança de Renné e está preso, assim como Adriana, acusado de participar da morte do milionário. A informação sobre o plano para o seqüestro tinha sido antecipada pelo jornal "Extra".

Ainda de acordo com relato do delegado, Adriana voltou a negar participação no crime. Mas Cardoso reafirmou que há indícios de que ela participe da quadrilha.

Adriana chegou à delegacia algemada, por volta das 14h. Na entrada havia muitos curiosos. O delegado titular da DH, Roberto Cardoso, quer esclarecer algumas contradições encontradas no primeiro depoimento de Adriana à polícia.

A viúva de Renné já tinha prestado depoimento no dia 12 de janeiro, na 119ª DP (Rio Bonito), e voltou a ser chamada agora para esclarecer algumas contradições. Na próxima segunda-feira, o delegado Cardoso deve pedir a renovação da prisão de Adriana e dos outros cinco suspeitos de matar o milionário. A prisão temporária expira na quarta-feira e tinha sido determinada no dia 25 de janeiro. Mas só no dia 30 a viúva foi localizada.

R$ 52 milhões na Mega-Sena

Adriana foi presa em um hotel luxuoso em Camboinhas, na Região Oceânica de Niterói, acusada de participação na morte do marido, e indiciada por homicídio duplamente qualificado. O depoimento de um amante complicou a situação da viúva. O motorista de van Robson de Andrade Oliveira revelou que teria passado, em Cabo Frio, o réveillon com Adriana. A informação contradisse as declarações da viúva, que havia dito à polícia que passou a noite do dia 31 de dezembro sozinha, na mesma cidade.

Por unanimidade, a 8ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio negou na quarta-feira da semana passada, a concessão de habeas corpus para Adriana. Os desembargadores decidiram manter a prisão temporária de Adriana por entenderem que há fortes indícios da participação dela no crime. Na decisão, também foram consideradas as conversas telefônicas interceptadas com a autorização da Justiça, a necessidade de preservação das provas e de assegurar o prosseguimento do trabalho da polícia. No dia 2, a desembargadora já havia indeferido pedido de liminar e mantido a prisão temporária decretada pela juíza Renata Gil de Alcântara Videira, da 2ª Vara de Rio Bonito.

Ganhador de R$ 52 milhões na Mega-Sena em julho de 2005, Renné Senna foi assassinado com quatro tiros no dia 7 de janeiro, em um bar em Rio Bonito.

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