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Votação do projeto da Paranaprevidência fica para quarta-feira

Servidores acampam em frente à Alep; policiais e professores entraram em confronto

Os professores vão acampar na praça Nossa Senhora do Salette, no Centro Cívico |
Os professores vão acampar na praça Nossa Senhora do Salette, no Centro Cívico (Foto: )

A votação da projeto da Paranaprevidência, apresentado pelo governo estadual, foi adiada para esta quarta-feira (29), depois que a Comissão de Constituição e Justiça concedeu vistas a todos os deputados da comissão, para que analisem as 16 emendas apresentadas durante a sessão da última segunda-feira (27). A sessão foi marcada para às 14h30.

Até lá, os servidores do interior do estado vão dormir na praça Nossa Senhora do Salette, no Centro Cívico. Até o início da tarde, mais de 120 barracas haviam sido montadas. Os servidores esperam a chegada de mais ônibus do interior do estado nesta madrugada.

Choque

O segundo dia de protestos dos professores da rede estadual de ensino contra o projeto de lei que modifica a Paranaprevidência, nesta terça-feira (28), foi marcado por vários episódios de tumulto e confronto com a polícia, em situações que deixaram, pelo menos, 13 pessoas feridas. Todos os enfrentamentos ocorreram no Centro Cívico, próximo à sede do governo do Paraná.

Veja como foi o segundo dia de protestos e votação na Assembleia

Confira imagens do tumulto no Centro Cívico

O confronto entre PMs e professores teve gás de pimenta, bombas de efeito moral e muita correria. Veja as imagens feitas pelo cinegrafista Rodrigo Sierpinski.

+ VÍDEOS

A primeira ocorrência, que deixou oito pessoas machucadas, foi já durante a madrugada, quando, por volta das 1h30, policiais do Batalhão de Choque da Polícia Militar (PM) chegaram para cumprir a ordem de retirada dos manifestantes que ocupavam a Praça Nossa Senhora da Salete, em frente ao Palácio do Governo. Na versão dos professores que acampavam no espaço, a confusão começou no momento em que eles sentaram em frente aos três caminhões de som contratados pela APP Sindicato, representante da classe, para impedir a retirada dos veículos.

Apesar da barreira policial e dos confrontos, professores permanecem em frente à Alep. | Henry Milleo/Gazeta do Povo

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Apesar da barreira policial e dos confrontos, professores permanecem em frente à Alep.

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Manifestante improvisou uma proteção contra bombas de efeito moral. | Henry Milleo/Gazeta do Povo

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Manifestante improvisou uma proteção contra bombas de efeito moral.

Bombas foram lançadas no meio da manhã desta terça-feira. | Jonathan Campos/Gazeta do Povo

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Bombas foram lançadas no meio da manhã desta terça-feira.

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Manifestantes passaram mal depois da ação da PM. | Jonathan Campos/Gazeta do Povo

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Manifestantes passaram mal depois da ação da PM.

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Mesmo com decisão judicial liberando a presença de manifestantes, eles não devem ser liberados para entrar no plenário hoje. | Jonathan Campos/Gazeta do Povo

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Mesmo com decisão judicial liberando a presença de manifestantes, eles não devem ser liberados para entrar no plenário hoje.

Manifestantes se dispensam e evitam confronto com a PM. | Jonathan Campos/Gazeta do Povo

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Manifestantes se dispensam e evitam confronto com a PM.

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Policiais usaram gás de pimenta contra os professores. | Jonathan Campos/Gazeta do Povo

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Policiais usaram gás de pimenta contra os professores.

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“Sentamos em volta [dos caminhões] para que não retirasse. Daí foi quando eles começaram a suar gás de pimenta e foram retirando o pessoal. Tinha muito policial e eles agiram com muita truculência para tirar a gente de lá”, relatou o professor Sérgio Rufino, um dos que estavam na praça durante a madrugada. “Não precisava nada disso porque não somos bandidos, só estamos aqui atrás de nossos direitos”.

Segundo a PM, os policiais precisam agir porque os manifestantes invadiram uma área “congelada”, ou seja, onde não poderiam estar. Além disso, a equipe tinha, segundo a assessoria de imprensa da corporação, autorização para retirar os caminhões que estavam estacionados em local proibido. Por isso, os veículos foram recolhidos e encaminhados ao pátio do Departamento de Trânsito (Detran), e os proprietários foram multados.

A área “congelada” a qual se refere a PM foi isolada no último fim de semana, com o amparo de um interdito proibitório que determinou o cerco à Alep Desde o último sábado (25), mais de mil policiais de todo as partes estado estão de prontidão para assegurar que a Assembleia vote o projeto ao longo desta semana. Na sexta-feira passada (26), uma liminar proibiu a APP-Sindicato de ocupar o prédio da Assembleia e assegurou o uso de força policial para garantir o cumprimento da decisão, sob pena de multa.

Mais confrontos

A tentativa de acessar a área isolada pela Polícia Militar gerou mais dois tumultos no Centro Cívico nesta terça-feira. Os cerca de sete mil manifestantes – segundo o sindicato dos professores – que estavam no protesto foram dispersados duas vezes pelos policiais, que usaram cassetetes, sprays de pimenta e bombas de gás lacrimogênio e balas de borracha.

As situações aconteceram entre 10h30 e 11 horas. Nos dois episódios, cinco pessoas ficaram feridas, sendo um deles um major da PM, que teve ferimentos na mão.

A PM contesta o número de participantes estimado pela APP Sindicato. Em vez de sete mil, seriam três mil, de acordo com a assessoria de imprensa da corporação.

O projeto de lei que propõe mudanças na Paranaprevidência foi aprovado por 31 votos contra 21 na segunda, e volta para segunda discussão nesta quarta-feira (29). O intervalo entre as votações foi maior porque o único oposicionista na CCJ, o petista Péricles de Mello, pediu vista para avaliar as emendas ao projeto. Um habeas corpus conquistado pelos professores na manhã de terça-feira garante que os docentes possam acompanhar a votação desta quarta.

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