O doleiro Alberto Youssef, personagem central da Operação Lava Jato, contou aos investigadores da força-tarefa, em delação premiada complementar, que deu R$ 150 mil para o ex-deputado federal Carlos Magno (PP-RO). O dinheiro teria sido repassado para que o ex-parlamentar pudesse se tratar de uma crise de hepatite C. A “doação” furou resistência do próprio partido, que se opunha à entrega do valor. O depoimento do doleiro foi gravado em vídeo, em 12 de fevereiro deste ano, pela força-tarefa da Lava Jato, formada por delegados da Polícia Federal e procuradores da República. “Eu também cedi esse dinheiro desses recursos para que ele [Carlos Magno] pudesse fazer esse tratamento em São Paulo, porque ele estava precisando”, declarou Youssef. “Na época, ele precisou desse valor e criou-se uma polêmica no partido. Eu falei: ‘Pô, vocês vão deixar o cara morrer? Vocês estão de sacanagem, né? Por causa de R$ 150 mil?’ Eu peguei e mandei esse dinheiro para ele no hotel.” Carlos Magno afirmou que não conhece o doleiro Alberto Youssef e que ele nunca pagou seu tratamento contra hepatite C. Segundo ele, a luta contra a hepatite durou 14 anos. “Toda a minha despesa [no tratamento] foi restituída pela Câmara”, diz o ex-deputado.
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