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O ministro de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, confirmou nesta quinta-feira que o estado de Sergipe é um forte candidato a receber um das usinas nucleares que serão instaladas no Nordeste até 2030, mas ressaltou que ainda é preciso escolher o modelo que será usado no programa.

O governo brasileiro decidiu construir de 4 a 8 usinas nucleares no país com potência instalada de 1 mil megawatts cada nos próximos 20 anos e procura locais para instalação.

De acordo com o ministro, os possíveis lugares no Nordeste estão sendo analisados e serão avaliados também no Sudeste e Sul do país, informou Zimmermann durante o programa oficial Bom Dia Ministro.

"O sítio que tem em Sergipe é excelente, tem grande potencial para instalação... Sergipe é um grande candidato", explicou o ministro no programa, citando também Alagoas como outra possível opção.

De acordo com Zimmermann, ainda é preciso escolher o modelo que será usado no país. O Brasil segue até hoje um acordo feito com a Alemanha na década de 1970 que resultou na construção das usinas Angra 1 e Angra 2 e agora conduz a obra de Angra 3, todas no estado do Rio de Janeiro.

"Depois de muito tempo estamos construindo Angra 3, que foi retomada depois de 10 anos e entra em 2015...mas para retomar esse programa temos que estudar qual o modelo que vamos adotar", disse o ministro.

Zimmermann afastou problemas de abastecimento de energia no país, apesar do grande crescimento econômico esperado, afirmando que fará quantos leilões de energia forem necessários para atender a demanda.

"O Brasil está preparado para isso (crescimento) com os leilões. Se o consumo de energia sobre 5 por cento nos faz contratar 5 mil MW para atender essa demanda, se crescermos em patamar mais alto, contratamos 6 mil, 7 mil MW, o que for preciso", explicou.

Segundo ele, até 2012 todo o país, com exceção de Roraima, estará com energia e interligado ao Sistema Interligado Nacional. "Integramos Acre, Rondônia e agora Amazonas e Amapá, apenas Roraima ficará sem ligação até começo de 2012, mas estamos estudando uma linha (de transmissão) Manaus-Boa Vista", informou.

Irã

O ministro afastou a possibilidade da Petrobras ter uma atuação mais forte na exploração de petróleo e gás natural do Irã, após a aproximação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva naquele país, afirmando que a companhia vai se concentrar no Brasil para se dedicar a explorar as reservas gigantes do pré-sal.

"Ela (Petrobras) teve participação no Irã, onde pegou uma área para fazer pesquisa e encontrou um área pequena, que tinha pouco óleo, não era viável comercialmente", explicou Zimmermann. "E agora, depois do pré-sal, todos os esforços da Petrobras vão se concentrar no Brasil", complementou.

Zimmermann disse ainda que a votação dos projetos de lei relacionados ao pré-sal enviados pelo governo brasileiro ao Congresso no ano passado estão em fase final e que confia em uma solução que atenda toda a sociedade.

"O processo do pré-sal hoje está no poder legislativo e está na discussão final. Estamos chegando na etapa final e acreditamos que vamos chegar a um ponto que atenda a todos os interesses nacionais. O Brasil tem que pensar como um país que tem uma grande reserva de petróleo", observou Zimmermann.

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