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Alerj: Depois da tempestade, pelo menos 1/3 de mudança
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Dos 70 deputados estaduais do Rio de Janeiro, 47, o equivalente a 67% do total, tentarão um novo mandato nas eleições de outubro. Isso indica que a casa passará por uma renovação mínima de 33% a partir do ano que vem, que é quando os novos parlamentares tomarão posse. A porcentagem sugere uma remodelação próxima à vivida pela Câmara dos Deputados em 2014, quando 198 políticos que nunca haviam exercido o cargo foram eleitos deputados federais.

Entre os que não buscarão um novo mandato na Alerj, 17 concorrerão a outros cargos – como Flávio Bolsonaro (PSL), candidato ao Senado, e Pedro Fernandes (PDT), candidato ao governo. Outros 12 buscarão uma vaga de deputado federal. A relação inclui nomes conhecidos na política nacional, como Marcelo Freixo (PSOL) e Wagner Montes (PRB).

Dica (PR) é um dos que vai buscar uma cadeira no Congresso Nacional. Em conversa com o blog A Protagonista, o parlamentar, que está no seu quinto mandato como deputado estadual, disse que decidiu concorrer a outro cargo por desejar lutar por questões nacionais, como a extinção da cobrança da taxa de inscrição no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). O deputado disse acreditar que a dinâmica da política em Brasília não é muito diferente da que existe no Rio de Janeiro, mas destacou que deverá estranhar o que chamou de “falta de calor humano”. “Tendo em vista que eu sou deputado de comunidade, de bairro, a gente vai sentir a falta da presença daquelas pessoas que nos ajudaram, votaram na gente, que estejam próximas da gente, nos cobrando, pedindo para que a gente apresente projetos, nos visitando”, destacou

Tempos difíceis
Três dos atuais deputados estaduais não concorrerão a nada em outubro por um motivo derradeiro: estão presos. São os emedebistas Edson Albertassi, Paulo Melo e Jorge Picciani, que comandou a Alerj por mais de 10 anos. A fase ruim do MDB do Rio, atingido em cheio pela Lava Jato, motivou o filho de Picciani, Rafael, também deputado estadual, a não concorrer a outro mandato.

“O grupo que estava no comando do estado é um grupo político forte e que acabou se desfalecendo em razão da operação que levou Sérgio Cabral à prisão e que apurou ilícitos praticados pelos parlamentares. A gente espera que quem se eleja busque uma composição na casa que vise o bem do povo do estado do Rio de Janeiro”, disse Zaqueu Teixeira (PSD). Ele é um dos três deputados estaduais que serão candidatos a vice-governador. Será parceiro de Indio da Costa, do mesmo partido. Os outros dois candidatos a vice são Comte Bittencourt (PPS), que concorrerá ao lado de Eduardo Paes (DEM), e Doutor Julianelli (PSB), vice de Pedro Fernandes (PDT).

Já entre os que vão concorrer à reeleição o discurso é o de tentar juntar os cacos para tirar o Rio de Janeiro da “ressaca” vivida nos últimos tempos. Luiz Paulo (PSDB) recordou que a Alerj passou quatro meses “cercada por forças policiais”, em virtude dos protestos de servidores que criticaram medidas de ajuste promovidas pelo governo de Luiz Fernando Pezão (MDB).

“Apesar de tudo, eu acho que podemos melhorar. Podemos ter uma renovação de até 50%. Mas é importante que seja uma renovação para melhor”, declarou.

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