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Deputado federal Eduardo da Fonte (PP-PE) (Foto: Alex Ferreira/Câmara dos Deputados)
Deputado federal Eduardo da Fonte (PP-PE) (Foto: Alex Ferreira/Câmara dos Deputados)| Foto:

Réu na Operação Lava Jato, o deputado federal Eduardo da Fonte (PP-PE) não vai à Câmara dos Deputados desde que a Polícia Federal (PF) fez buscas em seu gabinete e em seu apartamento funcional. Dudu da Fonte, como o parlamentar é conhecido, registrou presença em plenário pela última vez no dia 25 de abril — um dia após as buscas em seu gabinete — e faltou à única reunião de maio da Comissão de Segurança Pública, que integra como membro titular.

Dudu da Fonte se tornou réu no Supremo Tribunal Federal (STF) por corrupção passiva e lavagem de dinheiro na última terça-feira (8). Segundo a denúncia, o parlamentar teria recebido doação de R$ 300 mil da UTC Engenharia em sua campanha de 2010 à Câmara dos Deputados para beneficiar a construtora.

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Acusado de integrar o “quadrilhão do PP”, Dudu da Fonte também é investigado pela PF por suposta tentativa de obstrução de Justiça. O deputado e o presidente nacional da legenda, senador Ciro Nogueira (PI), — alvo da operação da Polícia Federal realizada em abril — são suspeitos de comprar o silêncio de um ex-assessor para atrapalhar investigações em curso no âmbito da Lava Jato.

Dudu da Fonte é presidente do diretório estadual do PP em Pernambuco e é cotado ao Senado nas eleições de outubro. O deputado federal pernambucano Marinaldo Rosendo (PP-PE) afirma que tem se encontrado com Dudu da Fonte na sede do partido, no Recife, e nega que o parlamentar esteja “foragido” da Câmara. Segundo Rosendo, Dudu segue trabalhando “normal” no estado.

“Eu tive vários contatos com ele por telefone e estive pessoalmente com ele na sexta-feira, dia 11, no Recife. O que eu posso dizer sobre o sumiço dele é que o PP tem 14 deputados estaduais e está crescendo no estado. Ele é o principal nome do partido ao Senado [em Pernambuco] e eu sou um dos que defendem isso de forma absoluta.”

Com a janela partidária, encerrada em 7 de abril, a bancada do Progressistas na Câmara dos Deputados saltou de 45 para 49 parlamentares — a terceira maior da Casa, atrás apenas do PT, com 60, e do PMDB, com 50.

A página oficial do deputado nas redes sociais também deixou de ser atualizada desde a operação realizada pela Polícia Federal. Procurada pela Gazeta do Povo, a assessoria de Dudu da Fonte afirmou que o deputado estava “de cama, muito gripado e com febre” e disse que ele pretende apresentar atestado médico à Câmara para justificar suas faltas.

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