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O jornalista Lúcio Vaz, da Gazeta do Povo, participou do programa A Protagonista nesta sexta-feira (16) e conversou sobre sua reportagem que mostrou os gastos milionários que o Brasil tem com os seus ex-presidentes.

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São R$ 36 milhões que foram dispensados, até o momento, com funcionários, seguranças, passagens aéreas, cartões corporativos e outras mordomias que beneficiam José Sarney (MDB), Fernando Collor (PTC), Fernando Henrique Cardoso (PSDB), Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Dilma Rousseff (PT).

Lúcio contou que a motivação para escrever a reportagem veio quando ele estava cobrindo o julgamento de Lula em Porto Alegre, em janeiro. Ao ver o ex-presidente chegando a um comício na capital gaúcha, Lúcio questionou: “quem está pagando por isso?”. Ao retornar, questionou a Presidência da República, que posteriormente repassou as informações. Constatou, então, os gastos superlativos – que se fazem até mesmo nos não transparentes cartões corporativos.

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VEJA TAMBÉM: Leia a reportagem completa das mordomias dos ex-presidentes no blog do Lúcio Vaz

Collor
Os recursos pagos ao ex-presidente Collor foram contestados por Lúcio durante a participação em A Protagonista. Afinal, além de ter sofrido um impeachment, Collor é atualmente senador por Alagoas – o que dá a ele as vantagens habituais de um parlamentar brasileiro.

Lúcio explicou que Collor gasta expressiva parte da cota de ex-presidente com seguranças, mesmo contando com a segurança oferecida pelo Senado.

“Há uma duplicidade de gastos. Eu acho que deveria reduzir. Não poderia ser tanto. E em segundo lugar, se a pessoa está exercendo um outro cargo público, que oferece essa estrutura – carros, passagens, assessores – ele deveria abrir mão dos outros benefícios”, questionou.

O jornalista destacou também que os custos com ex-presidentes são disciplinados por um projeto de lei, algo que poderia ser revisto pelo Congresso Nacional, principalmente se houvesse iniciativa presidencial.

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“Esses benefícios nasceram nos anos 1990. Mas todos os presidentes que vieram depois disso poderiam ter revisto os gastos, e não fizeram isso”, acrescentou.