O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados irá convocar o ex-ministro Geddel Vieira Lima (MDB-BA) e o doleiro Lúcio Funaro para prestar depoimento no processo que pede a cassação do mandato do deputado Lúcio Vieira Lima (MDB-BA). A decisão foi anunciada nessa quarta-feira (13) após pedido do líder do PSOL na Câmara, Chico Alencar (PSOL-RJ).
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O responsável técnico pelo laudo da perícia das malas de dinheiro encontradas em setembro de 2017 em um apartamento em Salvador (BA) também será ouvido pelo Conselho a pedido da defesa de Lúcio Vieira Lima. Impressões digitais de Geddel e de seu assessor, Job Ribeiro Brandão, foram localizadas pela Polícia Federal no imóvel.
Lucio Vieira Lima é alvo de processo disciplinar apresentado em dezembro do ano passado pelos partidos PSOL e Rede Sustentabilidade por quebra de decoro parlamentar. O emedebista é acusado de se apropriar de parte dos salários de funcionários de seu gabinete — Job Ribeiro Brandão e Roberto Ruzarte — e de usar servidores pagos pela Casa para serviços pessoais.
Brandão, Ruzarte e o irmão de Geddel e Lúcio, Afrísio Vieira Lima Filho, diretor legislativo da Câmara, também serão convocados pelo Conselho de Ética. O plano de trabalho foi apresentado pelo relator, Hiran Gonçalves (PP-RR), na sessão dessa quarta. A comissão terá 40 dias úteis para ouvir as testemunhas.
Réu no Supremo Tribunal Federal (STF), Lúcio Vieira Lima é acusado de lavagem de dinheiro e associação criminosa. As investigações da Polícia Federal atribuem a ele e a seu irmão Geddel a propriedade de um apartamento em Salvador, onde foram encontrados R$ 51 milhões em dinheiro vivo.
Manobra
Longe da Câmara dos Deputados, o deputado acabou ganhando quase trinta dias a mais para se defender da representação. A denúncia contra o parlamentar foi aceita em 10 de abril, mas Lucio Vieira Lima só foi notificado em 10 de maio, via Diário Oficial da Câmara — após cinco tentativas frustradas.
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