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(Foto: Karina Zambrana/Ascom/MS)
(Foto: Karina Zambrana/Ascom/MS)| Foto:

O senador Waldemir Moka (PMDB-MS) sugere a criação de um programa que obrigue os médicos recém-formados em universidades públicas a trabalharem um ano no interior do país. A sugestão foi dada na quarta-feira (21) durante a reunião da Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado, que fez um balanço do programa Mais Médicos e defendeu a ampliação do projeto.

“Acho que quem se forma em uma universidade pública, que é paga pelo contribuinte, deveria prestar algum tipo de serviço. Hoje, quem estuda nas grandes universidades públicas é o aluno que pode pagar um cursinho caro”, declarou. O senador é formado em Medicina pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e, antes de ingressar na política, foi professor de Química em cursinhos pré-vestibulares.

Incentivos federais

Hoje, além do Mais Médicos, o Ministério da Saúde mantém o Provab, programa com foco na atenção básica, que busca incentivar médicos recém-formados a trabalharem em locais com carência de profissionais. Alocado no SUS durante um ano, o médico recebe uma bolsa em dinheiro e ganha o direito à pontuação adicional de 10% nas provas de residência médica de qualquer área.

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Apesar da política de incentivos, Moka avalia que o programa atrai médicos sem vocação para a saúde básica e “cria uma disputa injusta” na seleção para residência médica.

Mais Médicos

Criado em 2013 pela ex-presidente Dilma Rousseff (PT), o Mais Médicos estabelece, dentre outros pontos, um acordo com o governo de Cuba para receber médicos cubanos em locais onde os brasileiros não queiram trabalhar. Segundo o Ministério da Saúde, quase 12 mil dos 17 mil médicos que integram o projeto são estrangeiros.

No relatório aprovado pela comissão, os senadores sugerem o fortalecimento do programa, mas questionam o montante repassado ao exterior. Segundo a relatora da avaliação, Lídice da Mata (PSB-BA), de 2013 a 2017, o governo federal encaminhou R$7,2 bilhões aos países parceiros — valor que representa mais da metade das despesas do programa no período. Em 2018, a previsão de transferência a outros países, como Cuba, chega a R$ 1,7 bilhão — metade da verba total.

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