A Câmara dos Deputados realizou, nesta quarta-feira (4), audiências com taxistas e representantes de aplicativos de transporte; instalou comissões permanentes e especiais; e viu discursos no Plenário sobre temas tão diversos quanto a regulamentação do lobby, o cadastro positivo e as condições da rodovia BR-222 no Maranhão.
Tudo enquanto, a poucos metros dali, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidia sobre o habeas corpus do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e manifestantes contrários e favoráveis ao petista faziam barulho na Esplanada dos Ministérios.
A oposição bem que tentou dar outros rumos à atividades dos parlamentares. Ao longo da manhã, as votações no plenário da Câmara chegaram a ser interrompidas, após um pedido de obstrução anunciado por PSOL, PT, PCdoB, PDT e PSD, mas a rotina se restabeleceu no período da tarde.
Entre os deputados, o discurso era o da separação dos poderes. “Todo mundo está trabalhando. O Supremo, o Executivo, e os cidadãos. Podemos ficar acompanhando o julgamento, mas não podemos deixar de trabalhar por conta disso”, afirmou Miro Teixeira (Rede-RJ).
“Os políticos já estão desacreditados no Brasil. Se a gente parar para acompanhar outro poder trabalhando…”, brincou Ricardo Izar (PP-SP).
Tanto Izar quanto Teixeira concordam, também, que um dos resultados do processo que envolve o ex-presidente é o aprimoramento do debate político no Brasil. Para os deputados, o interesse maior da população sobre elementos da política pode fazer com que a gestão pública eleve sua qualidade.
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