Enquanto o MDB nacional faz todos os esforços para dar a entender que está concentrado na decolagem da candidatura presidencial de Henrique Meirelles, Renan Calheiros esbanja no fogo amigo e não esconde de ninguém que é contra, prefere apoiar algum candidato de outro partido.
Hoje, o próprio candidato lançou em suas redes um vídeo sonorizado explicando por que decidiu abandonar uma carreira internacional em grandes bancos para se meter no ninho do partido já cambaleante pelas denúncias contra o governo Temer e tentar o sucesso numa candidatura presidencial.
Eu presidi uma organização antes de entrar na primeira função pública que tive no Brasil, com presença em 32 países. Eu observei muito o que se fazia em determinado país e que dava certo, aqueles países que não davam certo, alguns nunca deram certo. Então, é o momento, e eu preciso colocar agora todo esse meu conhecimento a serviço do país, toda a minha experiência. Esse é o meu dever e eu tenho que dar à população a possibilidade de escolher. – diz Henrique Meirelles no vídeo.
Horas depois, Leonardo Picciani, ex-ministro do Esporte de Temer que deixou o cargo após a crise familiar que colocou num entra-e-sai da prisão o irmão Felipe e o pai Jorge Picciani, que presidia a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, fazia postagens no twitter e facebook esquecendo a crise familiar e acreditando na candidatura e na unidade do partido, empolgado com as hashtags #ChamaoMeirelles e #MDBUnido
A chamada feita pela direção do MDB-RJ não seria a única do dia aos que vão comparecer à Convenção Nacional do próximo 2 de agosto. Renan Calheiros fez questão de dizer ao país que também sabe criar hashtags e a sua é #mdblivre. No caso, livre de Henrique Meirelles como candidato à presidência.
Em um vídeo de pouco mais de um minuto, assume o papel de figura mítica do partido soterrando o novato e faz pouco de todos os esforços na construção da candidatura própria.
Katia Abreu foi expulsa do MDB por muito menos. O diretório do partido em Minas Gerais foi dissolvido por muito menos. Nada indica que Renan Calheiros sofrerá qualquer tipo de represália.
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