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Servidores do INSS ocupam o prédio da autarquia, em Brasília. Os empregados protestam contra o desconto dos dias não trabalhados durante a greve. A paralisação já dura 51 dias (Elza Fiúza/Agência Brasil)
Servidores do INSS ocupam o prédio da autarquia, em Brasília. Os empregados protestam contra o desconto dos dias não trabalhados durante a greve. A paralisação já dura 51 dias (Elza Fiúza/Agência Brasil)| Foto:

A reforma da previdência, que poderia ter sua primeira votação realizada na próxima semana, deve continuar paralisada e ser analisada pelos deputados federais apenas no ano que vem. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse nesta segunda-feira (11) que acha “muito difícil” promover uma votação ainda em 2017 – assim, Maia contradisse uma previsão que ele mesmo apresentara no sábado (9), quando sugeriu o início dos trabalhos sobre o tema para quinta-feira (14).

A declaração mais recente de Maia se soma a uma do presidente Michel Temer, que disse no domingo (10) considerar razoável a votação em 2018. Também nesta segunda, o deputado Carlos Marun (PMDB-MS), que será o novo titular da Secretaria de Governo, disse que uma eventual votação no ano que vem representará que o govenro “perdeu a batalha, mas não a guerra”.

Vice-líder do governo na Câmara, o deputado federal Darcísio Perondi (PMDB-MS) afirmou ao blog A Protagonista estar confiante na aprovação da proposta. Segundo o parlamentar, a população tem diminuído sua rejeição à matéria, o que encorajaria mais deputados a votarem a favor do projeto. “A rejeição caiu de 46% para 30%, e os indecisos estão migrando para o nosso lado”, celebrou.

O deputado federal Chico Alencar (PSOL-RJ) não endossa a opinião de Perondi. Para o deputado do RIo, a população não aderiu à ideia da reforma e os protestos contra a modificação da previdência tendem a crescer nos próximos dias. Alencar falou ainda, também em entrevista ao blog, sobre as dificuldades do governo em conseguir apoio dos próprios deputados: “vai faltar cargo e dinheiro, porque os 50 votos que faltam são muito valorizados. Eles não estão tendo mais como aliciar e como comprar”.

Os 50 deputados que Alencar cita dizem respeito ao número necessário de votos para aprovar a reforma na Câmara. Por ser uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), a reforma precisa de duas votações na Câmara, ambas com o “sim” de 308 parlamentares. Contagens de governistas estimam hoje algo em torno de 280 a 290 apoios, margem considerada muito estreita para a negociação. Até o momento, apenas três partidos fecharam questão de apoio à reforma: PMDB, PTB e PPS.

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