A Justiça determinou que o Facebook indique se a página do Movimento Brasil Livre (MBL) e os perfis falsos de Luciano Ayan, administradores da página Ceticismo Político, patrocinaram posts caluniosos sobre Marielle Franco (PSOL). A vereadora e seu motorista, Anderson Gomes, foram assassinados em 14 de março no centro do Rio de Janeiro.
A decisão (PDF), publicada nesta quarta-feira (28), estabelece ainda que o Facebook remova, em até 24 horas, sete montagens com informações falsas sobre Marielle Franco compartilhadas pelas páginas Operacionais, Direita Já – Bolsonaro 2018, Endireitando a Verdade, Olavo de Carvalho, Contraponto, Bolsonaro Opressor 2.0, Anti-PT e Movimento Curitiba Contra Corrupção. A ação foi movida pela irmã de Marielle, Anielle Barboza, e pela companheira da parlamentar, Monica Benício.
No pedido (PDF), a família da vereadora cita a reportagem feita pelo jornal O Globo, que teria identificado a participação das páginas MBL — Movimento Brasil Livre e Ceticismo Político, alimentada pelos perfis falsos Luciano Ayan e Luciano Henrique Ayan, na disseminação de fake news sobre a parlamentar.
LEIA MAIS: Justiça manda YouTube retirar 16 vídeos que difamam memória de Marielle
Embora o Facebook tenha removido a página Ceticismo Político e os perfis falsos de seu administrador, atribuídos a Carlos Afonso, Anielle Barboza e Monica Benício ponderam que a empresa foi conivente com as postagens por dez dias, permitindo a propagação de mentiras e discursos de ódio que geraram angústia, sofrimento e dor aos familiares.
O juiz Jorge Jansen Counago Novelle, da 15ª Vara Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, determina ainda que o Facebook impeça a publicação de novos posts que “ofendem a intimidade, a honra e a imagem” de Marielle Franco, informe à Justiça os perfis e IPs responsáveis pelas mensagens e identifique e exclua as contas falsas, sob pena de multa no valor de meio milhão de reais. Novelle afirma que não se pode admitir que a memória de Marielle Franco “continue a ser vilipendiada por facínoras e canalhas, iguais àqueles que a trucidaram”.
-
Órgão do TSE criado para monitorar redes sociais deu suporte a decisões para derrubar perfis
-
Relatório americano divulga censura e escancara caso do Brasil ao mundo
-
Mais de 400 atingidos: entenda a dimensão do relatório com as decisões sigilosas de Moraes
-
Lula afaga o MST e agro reage no Congresso; ouça o podcast
Contra “sentença” de precariedade, estados do Sul buscam protagonismo em negociação sobre ferrovia
Câmara de São Paulo aprova privatização da Sabesp com apoio da base aliada de Nunes
Lula afaga o MST e agro reage no Congresso; ouça o podcast
Governo Tarcísio vê sucesso na privatização da Emae após receber três propostas
Deixe sua opinião