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No mesmo dia do lançamento da pré-candidatura de Marina Silva, o líder da REDE na Câmara, figurinha carimbada de praticamente todos os telejornais no ano de 2018, anunciou sua transferência para o PSB.

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Marina Silva tenta mostrar uma mudança de imagem, colocando o foco em princípios, moralidade e não ceder a chantagens mas, logo no primeiro vídeo, volta à toada do marketing no estilo “Lulinha paz e amor” que suaviza características comuns ao povo, mas que possam parecer ofensivas a intelectuais, artistas e empresariado.

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A página da pré-candidata no Facebook exibe trecho de uma entrevista dada ao jornal El País, falando claramente de princípios e moralidade e encaixando ensinamentos cristãos sem, no entanto, dizer nada disso claramente nem recorrer ao tom e ao vigor que a tornaram uma líder.

Não consigo imaginar um país, né, em que a gente naturaliza a chantagem, os que chantageiam e os que são chantageados. Em que se naturaliza os que corrompem e os que são corrompidos, em que se naturaliza como única forma de governar esse tipo de prática.

O encerramento é com uma metáfora futebolística, algo muito querido dos publicitários e marqueteiros, mas na medida para esfriar e suavizar uma figura pública de quem a sociedade requer exatamente o oposto.

Quem entrou em campo entrou para fazer gol contra o povo brasileiro. Está na hora de colocar em campo quem vai fazer gol a favor do Brasil e gol na rede, literalmente na REDE.

No mesmo dia, Alessandro Molon tentou explicar com uma carta e um vídeo por que deixou o barco de Marina Silva e apelou à preservação de convicções ideológicas. Não ficou tão claro quanto talvez o parlamentar desejasse.

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