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A Subprocuradora-Geral da República, Luiza Frischeisen, que também é Coordenadora Criminal do Ministério Público Federal, determinou o início das investigações sobre violação da Lei de Segurança Nacional por manifestantes que pedem Intervenção Militar no Brasil.

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Ela assina os despachos com Notícias de Fato enviados às Procuradorias da República em São Paulo, Goiás, Rio Grande do Sul e no município de Brusque, em Santa Catarina, sobre a possível prática de crimes enquadrados nor artigos 17 e 23 da Lei 7170-83. Todos os documentos são idênticos, mudando apenas os fatos específicos noticiados e os nomes dos envolvidos.

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São crimes, previstos na Lei de Segurança Nacional:

– Incitar ou fazer propaganda pública de processos ilegais para a alteração da ordem pública ou social

– Incitar a animosidade entre as Forças Armadas ou entre estas e as classes sociais ou instituições civis

As penas previstas são bem pesadas. Para aqueles que tentam a mudança, com emprego de violência ou grave ameaça, da ordem, do regime vigente ou do Estado de Direito, o artigo 17 da Lei de Segurança Nacional estipula até 15 anos de reclusão. Incitar a animosidade entre as Forças Armadas resulta, segundo o artigo 23, em até 4 anos de reclusão.

Nos despachos da Subprocuradora-Geral da República é pedida a investigação de personagens que foram bastante ativos nas redes sociais durante a paralisação, alguns de importância social e outros conhecidos dos brasileiros. Veja os nomes e o que consta sobre cada um deles no documento assinado por Luiza Frischeisen:

Em Santa Catarina:

Luciano Hang, dono da rede de lojas Havan: Autorizou o uso do estacionamento de uma das lojas como ponto de apoio. Perfil no Facebook em apoio a greve. Defensor da privatização da Petrobrás e intervenção militar.

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Emilio Dalçoquio: Apoia os grevistas e autoriza que coloquem fogo nos caminhões das empresas se for preciso.

No Rio Grande do Sul:

Lojas Becker: Apoio aos caminhoneiros

Em São Paulo:

Sargento da reserva Paulo Roberto Roseno Junior: Defensor contumaz da intervenção militar/vídeos com 3 milhões de visualizações

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Claudinei Habacuque (suplente de vereador em Carapicuíba)

Em Goiás:

Advogado André Janones (vídeos com 5 milhões de visualizações);
Wallace Landim (Chorão) – representante dos motoristas autônomos do Centro- Oeste

O Ministério Público Federal no Espírito Santo também requisitou à Polícia Federal instauração de inquérito para apurar se o movimento dos caminhoneiros no Estado praticou as condutas criminais previstas na mesma lei. Os procuradores argumentam que, após as concessões do Governo Federal, o movimento não se dissipou e mudou de foco, tentando forçar a alteração do regime político por meio da paralisação. A denúncia capixaba traz ainda mais um artigo, o 15, crime de sabotagem. Um exemplo é a paralisação total ou parcial de vistas de transporte e serviços públicos essenciais para o país.