Golpistas estão espalhados por toda parte, através dos tempos. Com a tecnologia, mais um meio fecundo foi criado para que criminosos ataquem vítimas de vários modos. No entanto, as mulheres são as que mais sofrem quando o assunto é segurança na internet.
Um dos modos criminosos é o de perfis falsos em redes sociais que seduzem mulheres e, posteriormente, aplicam golpes financeiros pesados. Esses criminosos, chamados de scammers, têm tempo e boa lábia. De acordo com levantamento do Alerta na Rede, canal de denúncia de crimes digitais, entre outubro de 2016 e dezembro de 2017, 88% das vítimas desse tipo de crime eram mulheres.
Neste ano, o Dfndr Lab, laboratório de segurança digital, lembra que entre janeiro e fevereiro, mais de 220 perfis falsos foram detectados. “Com o marco civil da internet, ninguém mais pode se esconder da Justiça. E agora a decisão vem muito rápida, para que o dano seja cessado mais rapidamente”, explica Camilla Jimene, especialista em Direito Digital.
Outro ponto em que há vulnerabilidade das mulheres está na divulgação de fotos e vídeos íntimos, acrescenta a advogada e membro consultora da Comissão da Mulher Advogada da OAB/SP. “A maior parte das vítimas de crimes na internet são mulheres. Sobretudo em questões de imagem. Exemplos são mulheres fotografadas em cenas íntimas e depois tem o conteúdo propagado por vários motivos, até mesmo em extorsões financeiras contra essa pessoa, que confiou em outra.”
O ponto-chave, diz Camilla, está em falar em educação digital. “A tecnologia é ótima, mas não fomos formados sobre a questão ética e de segurança sobre isso”, acrescenta a especialista.
Confira a entrevista completa com Camilla Jimene, advogada especialista em Direito Digital ao programa ‘A Protagonista’:
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