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O presidente do PDT, Carlos Lupi, confirmou que convidou formalmente o PSB a apoiar a candidatura de Ciro Gomes à presidência da República. “Fiz [o convite]. Para nós, é prioridade absoluta essa aliança com o PSB”, disse Lupi ao blog A Protagonista nesta quinta-feira (17).

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Lupi se reuniu na quarta-feira com o presidente do PSB, Carlos Siqueira. Os socialistas estão sem nome para a sucessão de Michel Temer desde que o ex-ministro Joaquim Barbosa desistiu de disputar a eleição. E o porte do PSB é um grande atrativo para que o partido seja cortejado por outras legendas – a sigla tem cinco governadores, quatro senadores e 26 deputados federais.

Para Lupi, uma aliança entre PDT e PSB “não precisa de explicação”, por conta de “afinidades históricas” entre as duas legendas. “Nós temos uma relação com o PSB que é de um século. Começou lá atrás, com Arraes, com Brizola, e a gente mantém uma rotina de conversas permanentes há muitos anos”, destacou. Apesar da ligação alegada por Lupi, PDT e PSB estiveram juntos no primeiro turno apenas em duas eleições presidenciais após o fim do regime militar: em 1998 e 2010, ocasiões em que integraram coligações encabeçadas pelo PT.

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Os principais empecilhos para a consolidação da aliança PDT-PSB são os universos estaduais. Em alguns casos, os partidos estão em grupos rivais, como no Amapá. Já em outros, a exemplo de São Paulo, não há disputa direta entre as legendas, mas os expoentes dos grupos preferem outras candidaturas presidenciais – o governador paulista Márcio França é defensor de Geraldo Alckmin (PSDB).

“Eu acho que a gente está começando uma boa conversa. E a gente tem que priorizar as alianças estaduais que possam nos projetar para fazer o maior número de estados. E onde que isso nos confortar melhor, é onde acho que o PSB tem que se colocar”, disse o líder do PSB na Câmara, Júlio Delgado. O parlamentar afirmou também que o partido pode se aliar às candidaturas de Alvaro Dias (Podemos) ou Marina Silva (Rede).