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‘Não é por apoio, é por oração’, diz presidente da bancada evangélica sobre encontro de pastores com Temer

Michel Temer em reunião com Pastor José Wellington, presidente da Igreja Evangélica Assembleia de Deus em São Paulo, ministro Gilberto Kassab e Fátima Pelaes, Secretária Nacional de Política para as Mulheres (Foto: Alan Santos/PR) (Foto: )

O presidente da bancada evangélica da Câmara, deputado Hidekazu Takayama (PSC-PR), afirma que o presidente Michel Temer tem se encontrado com pastores evangélicos para pedir oração, e não apoio à Reforma da Previdência. “A vinda dos pastores se dá por causa do começo da legislatura. É o último ano do presidente e, possivelmente, ele está convidando os pastores para orar por uma boa legislatura, por um bom trabalho.”

Apostando na influência de lideranças evangélicas para diminuir a rejeição popular à proposta, o presidente se reuniu, na segunda-feira (15), com o apóstolo Valdemiro Santiago, fundador da Igreja Mundial do Poder de Deus e, na terça (16), com o pastor José Wellington, presidente da Assembleia de Deus em São Paulo.

Nesta quarta-feira (17), Temer receberia o pastor R. R. Soares, da Igreja Internacional da Graça de Deus, mas, segundo o Planalto, o missionário teve um problema no voo e não conseguiu embarcar para Brasília.

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Takayama e Temer também se encontraram na terça, mas o deputado afirmou que a bancada evangélica “não é moeda de troca” e disse que o presidente nem sequer mencionou a Reforma na reunião.

“A gente está atuando nessa questão da reforma por entender que, se o Brasil não fizer a lição de casa, vai acontecer o que já aconteceu: cair na confiabilidade internacional. Vou ser franco a você, claro, com a força de expressão: nós nem precisamos de emendas.”

A investida no setor evangélico da população se dá após resistência de parte da Igreja Católica às mudanças. No ano passado, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) criticou a proposta do governo e declarou que a reforma aumenta a “exclusão social”.

O pastor Silas Malafaia também se manifestou contra a Reforma após rumores de que estaria na agenda de encontros do presidente. “Sou a favor de uma Reforma da Previdência que não privilegie grupos, que seja justa. Não essa que está sendo proposta”, escreveu no Twitter.

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