O deputado federal Wadih Damous (PT-RJ) quer que o juiz federal Sergio Moro — que condenou o ex-presidente Lula a nove anos e meio de prisão — dê explicações ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e à Organização das Nações Unidas (ONU).
Na semana passada, Moro foi um dos palestrantes de um evento a empresários e investidores que contou com patrocínio do escritório de advocacia Nelson Wilians, que defende a Petrobras. O fórum foi organizado em Nova York, nos Estados Unidos, pelo grupo Lide, associação fundada pelo ex-prefeito de São Paulo João Doria (PSDB), pré-candidato ao governo estadual.
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Para Damous, Moro comprometeu sua independência funcional e violou o Código de Ética da Magistratura. A Petrobras atuou como assistente de acusação no processo do tríplex do Guarujá — que levou Lula à prisão. Na véspera da palestra, Moro recebeu o prêmio de Pessoa do Ano, concedido pela Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos, e posou para fotos com o ex-prefeito tucano.
Para o deputado Décio Lima (PT-SC), o episódio precisa ser analisado pelo CNJ. “Não há dúvidas de que o juiz age de forma persecutória [contra o ex-presidente Lula]. Há o escancaramento público de que o magistrado está sendo imparcial e se utilizando do Poder Judiciário com finalidade não Republicana.”
Na terça-feira (22), a defesa do ex-presidente Lula apresentou pedido de suspeição contra Moro por sua participação no evento do grupo Lide. Os advogados argumentam que, ao palestrar em um fórum ligado a um pré-candidato do PSDB, o juiz violou a “imparcialidade objetiva” e pôs à prova sua capacidade de conduzir “julgamento justo e imparcial” no âmbito da Lava Jato.
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