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Quem é o dono do triplex, afinal? Veja aqui o documento
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O argumento de Guilherme Boulos para a invasão do triplex é mais uma das boas jogadas de marketing da nossa neoesquerda Justo Veríssimo, essa que – lá no fundo – odeia pobre. Resta ver quanto tempo ele se sustenta fora das redes sociais, território fértil do parquinho de areia antialérgica.

Segundo o líder do MTST e pré-candidato à Presidência da República pelo PSOL, “Se o triplex é do Lula, então o povo está autorizado a ficar lá e vai se transformar no triplex da resistência. Se o triplex não é do Lula, então o Sergio Moro vai ter que mandar o alvará de soltura hoje mesmo, porque ele foi preso por algo que não é dele”.

O discurso parece coerente, mas o photoshop que emagreceu Guilherme Boulos e deu a ele ares de heroi da ocupação que acompanha a quilômetros de distância é um trabalho muito mais bem feito do que a armadilha sobre a propriedade do triplex, que não resiste a um documento. O apartamento está SEQUESTRADO pela Justiça, como consta deste documento:

Para quem está perguntando: quem vai pedir a reintegração de posse? Está aí a resposta: o Poder Judiciário. Aliás, também é o mesmo que está programando o leilão do triplex.

Vale lembrar que os demais moradores do edifício Solaris, que estão ouvindo os gritos e palavras de ordem do MTST sob aplausos de parlamentares petistas que transmitem via redes sociais de forma efusiva a invasão, são os verdadeiros trabalhadores. Eles acreditaram na CUT e na Bancoop, Cooperativa do Sindicato dos Bancários, que prometia imóveis baratos e não entregou a maioria.

Os responsáveis pelo escândalo da Bancoop, que fizeram centenas de bancários, trabalhadores, perderem as economias de toda uma vida, viraram integrantes do primeiro escalão do PT. A OAS assumiu algumas das obras e cobrou um preço muito superior ao inicial para terminar. Algumas jamais terminaram. Há pessoas que enlouqueceram, a maioria jamais foi indenizada. Mas hoje é legítimo xingar essas pessoas para defender um político preso por lavagem de dinheiro.

Essa é a neoesquerda brasileira, uma versão Justo Veríssimo da defesa de uma sociedade mais justa: o líder da invasão assiste confortavelmente a quilômetros de distância narrando pelas redes sociais, políticos transmitem ao vivo também de longe e os sem teto são usados para incomodar hoje os bancários usados ontem na caminhada ao poder.

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