O ex-presidente Michel Temer, investigado por corrupção. Foto: Jonathan Campos. | Foto:
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Por unanimidade uma turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) mandou soltar o nosso último ex-presidente preso, Michel Temer. Já é a segunda vez que ele é preso – pelo mesmo motivo -, pelo processo de desvios da construção da usina nuclear Angra III. Temer está sendo acusado pelo Ministério Público de desvio de muitos milhões, ele nega.

O Ministério Público pediu a prisão e foi atendido duas vezes, para evitar que ele mexa nas provas. Inclusive no bloqueio de bens descobriram que ele não tem nem R$ 15 mil nas contas bancárias, e isso é um indício de que ele pode ter mexido nas contas bancárias. Tradicionalmente essa prisão cautelar é para evitar também pressão sobre testemunhas.

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Mas por quatro a zero a turma do STJ julgou que ele pode ser solto porque não cometeu crime violento. Essa é uma questão discutível: corrupção é ou não é crime violento? As consequências da corrupção podem ser violentas.

Isso pode afetar a saúde pública, o ensino público, saneamento básico, o serviço público em geral. O que é desviado pode faltar para prestações de serviços básicos por parte dos governos.

Convocação

O ministro da Educação, Abraham Weintraub, foi convocado na Câmara dos Deputados para prestar esclarecimento daquilo que chamam de corte nas verbas de educação. Mas não são cortes, são bloqueios temporários, contingenciamento.

Esse bloqueio é até que se pague as contas dos anos anteriores que ficaram para trás. Está cheio de gente que é credor de serviços da educação pública e que está esperando pagamento. Tem que pagar essas pessoas que reformaram escolas, que prestaram serviços às universidades, etc.

Na terça-feira (14), o ministro fez uma declaração com a qual eu concordo. A polícia tem que entrar sim nos campis universitários. Uma que tem muito assalta lá dentro, roubo de automóveis, há estupros nos jardins, há uso e venda de drogas, distribuição de laboratório, bebidas e festinhas.

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Isso não é um santuário de fora da lei. Isso deveria ser um local iluminado – literalmente -, com os neurônios iluminados, porque o que está em jogo o futuro do país. Lá que se formam os privilegiados que são sustentados pelos contribuintes para estudarem, se formarem e prestarem bons serviços ao país.

Se alguém me perguntar, como contribuinte, “em que você gostaria que o dinheiro do seu imposto fosse aplicado nas universidades?” eu faria exigências. A universidade tem que ser séria, organizada, disciplinada e tem que estudar.

As viagens de nossas autoridades

Nossos quatro chefes de poder foram para os Estados Unidos. Jair Bolsonaro está indo para Dallas, Texas, para ser homenageado como personalidade do ano. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, e o presidente do Supremo, Dias Toffoli, foram a Nova York para o almoço do Bank of America – que é um banco de fomento.

Eu fico me perguntando qual é o interesse do presidente do Supremo lá. Vocês dirão: “Qual é o interesse do Supremo de comer lagosta?”. Bom, ele foi lá, não sei se ganha diária ou ganharam a passagem do Bank of America.

O presidente da Câmara e o presidente do Senado com tanta coisa urgente para discutir na Câmara e no Senado, e eles estão lá viajando.

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A nossa ministra da Agricultura, Tereza Cristina, sim, essa está a trabalho. Ela está fazendo uma grande viagem lá para o outro mundo, ela está na China agora.

Os chineses disseram nos últimos dias que o Brasil é o ator principal da América Latina nos negócios com a China e que se interessam em investir no Brasil no momento em que o Brasil está precisando de investimento.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]