Presidente do STF, Luiz Fux, disse que Bolsonaro não está aberto ao diálogo e cancelou reunião.| Foto: Fellipe Sampaio /SCO/STF
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Tragédias domésticas em época de confinamento em casa. Aconteceu muito na Itália: brigas, separações, violência – inclusive sexual. E agora a gente vê aqui no Brasil. Um menino de 7 anos em Imbé, no Rio Grande do Sul, em uma casa com duas mulheres, foi torturado e morto. Tal como aconteceu em um caso muito semelhante com o menino Ruan aqui em Brasília.

Em Vila Velha (ES) aconteceu algo semelhante dentro de casa: o filho matou o pai médico e a mãe a facadas. Um jovem de 15 anos matou o pai com três tiros, em Valinhos (SP), em um condomínio de alta renda, supostamente para defender a mãe.

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No centro de São Paulo, o pai chegou em casa e o filho adolescente estava fazendo uma festa com drogas; bateram boca e o pai matou o filho com uma chave de fenda; depois se entregou à polícia.

Não sei se essa violência é uma deterioração dos valores familiares, que já vem de longe, ou se foi estimulada por essa convivência obrigatória em casa, mas serve para a gente pensar nos valores familiares nesse momento.

Fux cancela reunião

O ministro Luiz Fux, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), cancelou a reunião entre os chefes dos poderes — os presidentes da Câmara, do Senado, da República e do Supremo. E justificou dizendo que o presidente Jair Bolsonaro ao ofender os ministros Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso estava ofendendo o Supremo todo.

Só achei estranho ele dizer que "fica cancelada" a reunião. Ficaria melhor Fux afirmar: “com isso eu não vou”. Será que ele tem poder de cancelar a reunião se os outros quiserem mantê-la?

Essa reunião foi marcada depois que o presidente Bolsonaro foi ao Supremo conversar com Fux, em meados do mês passado. Foi aí que anunciaram essa reunião, que agora o ministro do STF "cancelou".

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Essa suspeição sobre as eleições não foi o presidente que levantou. Foram peritos, que tem dados de peritagem mostrando que é possível fraudar o voto, daí a proposta do comprovante do voto. Aliás, diga-se de passagem, o que está se querendo não é voto impresso, é voto digital com comprovante impresso.

Desestatização dos Correios

Foi aprovada na Câmara, por uma votação de 286 a 173 — mostrando que o governo tem maioria na Câmara —, a privatização dos Correios, cujo projeto vai agora para o Senado. A nova empresa vai se denominar Correios do Brasil, que terá monopólio ainda por cinco anos de cartas e telegramas, e os funcionários terão estabilidade por 18 meses. Caiu uma proposta de que os funcionários seriam transferidos para outro órgão estatal.

Nordeste desiste da Sputnik V

O Consórcio Nordeste desistiu de comprar a vacina russa Sputnik V, em um negócio de R$ 37 milhões, porque o Instituto Gamaleya parece que não estava atendendo às exigências da Anvisa. O que a gente sabe dos países que estão usando essa vacina é que ela é mais efetiva para a variante delta e tem quase o dobro da eficácia da Coronavac.

Distribuição de vacinas

Mês passado marcou um número recorde da distribuição de vacinas pelo Ministério da Saúde — 43 milhões de vacinas foram enviadas para estados e municípios em julho. Até agora já foram distribuídas 184 milhões de vacinas.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]
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