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Giorgia Meloni na sede de seu partido, em 25 de setembro: ela será a primeira mulher a governar a Itália.
Giorgia Meloni na sede de seu partido, em 25 de setembro: ela será a primeira mulher a governar a Itália.| Foto: Ettore Ferrari/EFE/EPA

O Brasil tem 418 mil eleitores que votam nas eleições italianas e podem eleger um senador e dois deputados, que representam 12 países do continente americano. Tentaram eleger o Emerson Fittipaldi, nosso campeão de Fórmula 1, e o Andrea Matarazzo, que trabalhou no governo Fernando Henrique, para uma vaga no Senado italiano. Só que a Argentina tem 756 mil eleitores na Itália, e elegeram Mario Borghese; Fittipaldi teve 31 mil votos e Matarazzo, 27 mil. Quanto aos dois deputados, um já era parlamentar: Fábio Porta mora em São Paulo, mas é italiano, e teve 22 mil votos. Também foi eleito o argentino Franco Tirelli, que teve 44 mil votos.

Mas o mundo inteiro está falando é de uma jornalista que é deputada há muito tempo, cerca de 20 anos: Giorgia Meloni, nascida em Roma, tem 45 anos, é mãe de uma menina, foi líder estudantil, ministra da Juventude no governo Berlusconi, e é uma das fundadoras do Fratelli d’Italia (“Irmãos da Itália”), um partido conservador, de direita. Ela ganhou muito bem a eleição e vai ter maioria na Câmara e no Senado, o sonho de todo chefe de governo.

Meloni é a primeira mulher a chefiar a Itália, e poderá aplicar as teses que tem defendido a respeito de nacionalismo, controle de imigração e mais independência em relação à União Europeia – ela critica os burocratas de Bruxelas, onde funciona a sede da UE, que tem atrapalhado a Itália. Meloni defende Deus, pátria e família, princípios cristãos, é contra as teorias LGBT, casamento de pessoas do mesmo sexo, aborto e ideologia de gênero.

Essa foi a vontade da maioria dos eleitores italianos, e agora torcemos para tudo dar certo com Meloni, que já está fazendo contatos com outras lideranças conservadoras de direita na Espanha, na Polônia e na Hungria, para fazer uma grande frente contra essa invasão de soberania e essas tentativas de “governo mundial”. Sobretudo, o que me chama a atenção é sua defesa da soberania italiana. Aqui no Brasil, há gente que está pouco ligando para a nossa soberania sobre a Amazônia, dizendo que os organismos internacionais têm força sobre a Amazônia; são os mesmos que pouco ligaram para o patrimônio da Petrobras, dado de presente para a Bolívia na época de Evo Morales.

Ciro se mantém na campanha e não quer saber de “voto útil”

Ciro Gomes fez muito bem: criou expectativa e todos foram acompanhar o que ele diria às 10 horas dessa segunda-feira; houve gente que até tirou da cabeça que ele renunciaria. Mas não, Ciro reafirmou sua candidatura, rejeitou a pregação de “voto útil” de Lula – assim como Simone Tebet também já havia dito “não” – e disse que está se preparando para ir ao segundo turno. O interessante é que os dois principais candidatos acham que resolvem no primeiro turno; um, baseado nas pesquisas, e o outro, baseado nas ruas. Daqui a pouco vamos saber.

O importante é que nós não desperdicemos nosso voto, que pensemos no futuro de nossos filhos e netos. Isso é a coisa mais importante, porque qualquer desastre afeta o país mesmo depois que o mandatário for embora; as consequências do que acontecer de ruim vão ficar. É bom que a gente lembre disso, tenha a consciência de eleitor e pense muito antes de votar.

Conteúdo editado por:Marcio Antonio Campos
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