O ex-ministro da Educação Milton Ribeiro.| Foto: Luis Fortes/MEC
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Não conseguiram se livrar do Tarcísio em São Paulo. O PSol entrou na Justiça Eleitoral, mas o TSE não aceitou a alegação de que ele não podia ter transferido o domicílio eleitoral para São Paulo. Domicílio eleitoral é algo diferente. E Tarcísio, então, continua candidato ao governo de São Paulo.

Desembargador não caiu na história da destruição de provas

Outra decisão também provocou uma alteração na Justiça. O desembagador Ney Bello, do Tribunal Regional Federal da 1.ª Região, dizendo que essa história de prisão preventiva do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro não está certa, mandou soltá-lo, além dos quatro pastores que estão no mesmo inquérito. Os pastores estariam se aproveitando do ministro para vender liberação de verba do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação. O juiz de Brasília que decretou a prisão preventiva alegou que havia perigo de ocultação ou destruição de provas. Claro que o desembargador não caiu nessa, porque isso aconteceu em março e a cronologia não fecha. Se ele saiu do ministério em março, na hora em que estourou essa história dos pastores, ele teve abril, maio e 22 dias de junho para ocultar ou destruir provas e se esqueceu de fazer isso. Teve de ser preso para não fazer isso agora? Não faz sentido.

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A prisão preventiva ocorre quando há uma convicção de culpabilidade e quando há o perigo de o sujeito continuar praticando o crime, de fugir, pressionar testemunhas ou atrapalhar a Justiça – por exemplo, com a destruição de provas, mas isso ele teve todo esse tempo para fazer. O desembargador mandou soltar, só que a essa altura a tal prisão cumpriu o objetivo, que era desgastar o governo em ano eleitoral. A mídia antigoverno passou 24 horas feliz da vida porque tinha uma boa notícia: o governo mostra até hoje três anos e meio de governo sem corrupção, mas prenderam o ministro. Vamos esperar o resultado disso.

Congressistas querem CPI para terem palanque em ano eleitoral

E tem outra. Tem gente que quer a CPI da Petrobrás na Câmara, achando que isso resolve o preço do combustível. E CPI do Ministério da Educação no Senado. Deputado e senador adoram CPI, porque é um palanque, um carro de som, ficam o dia inteiro no noticiário, ainda mais em ano eleitoral. Estão arrependidos os senadores que fizeram CPI no ano passado, foi muito cedo. Era para sair esse ano a CPI da Covid, mas aí ninguém mais ia acreditar naquelas frases, que não tem tratamento, e não sei mais o quê. Como ninguém mais acredita, então querem fazer uma CPI agora, mais palanque, carro de som.

Agora eu desafio: façam uma CPI com 20 anos de investigações na Petrobras e no MEC. Será uma maravilha. O que vão achar nesses últimos 20 anos... nos últimos três anos e meio acredito que não vão achar nada, mas antes vão achar muita coisa!