| Foto: Maria Antônia Silveira Gonçalves
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Dois anos depois de ter apresentado “Aeroporto Central” no Festival de Berlim e seis após ter concorrido ao Urso de Ouro com “Praia do Futuro” Karim Aïnouz mostrou ontem  seu novo filme “Nardjes A.” nesta 70ª edição do evento.

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Com tantas presenças que já teve no festival com ótimos títulos  – e também sua condição de estar radicado em Berlim – a sessão com os filmes do diretor brasileiro-argelino, cujo trabalho já ganhou vários prêmios internacionais,   é sempre uma atração a parte.

No filme,  Aïnouz parte em busca de suas raízes na Argélia.  Ele se vê envolvido nos protestos pacíficos da “Revolução dos Sorrisos”, dirigida contra o presidente da Argélia, Abdelaziz Bouteflika.  Filmado inteiramente em um iPhone, o documentário de Aïnouz concentra-se nos jovens Nardjes e seu ativismo em um momento de agitação política.

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Karim falou sobre a seleção para Berlim, sua motivação para fazer o filme e os resultados que espera de “Nardjes A.”.

O que representa a seleção de “Nardjes A.” para a Panorama

“É muito importante para o filme estar presente na Panorama, mostra que tem a tradição de exibir filmes que dialogam com questões urgentes do nosso tempo. A Berlinale é uma vitrine muito especial”.

A origem

“Tudo começou quando recebi  o convite para fazer um filme. Fui  à Argelia em busca de minhas  origens, disposto a realizar  um documentário sobre meu  pai.  Lá encontrei  o país em convulsão e o projeto mudou. Como muitos jovens, homens e mulheres, Nardjes A.  estava nas  ruas por uma nova Argélia, ela é a alma do filme.

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Contribuição do filme para mudar esse quadro

“Se o filme suscitar empatia pelos personagens, ele cumprirá sua função”.

Expectativa com o resultado

“A melhor possível.  É simbolicamente muito significativo que o filme tenha sua estreia mundial em Berlim”.