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Tenho uma colega jornalista, a Juliana Vines, que acabou de ganhar um gatinho. Ela trabalhou aqui na Gazeta do Povo, depois passou três anos na Folha de São Paulo e agora mora na Colômbia. É de lá que nas últimas semanas tem me mandado fotos fofas dele (a fofurice é enorme, como dá para ver nas imagens). Tão fofas que não resisti: pedi que fizesse um post para o blog contando como é a experiência de ter um filhote de gato em casa. O bichano chama Tom e é da raça ragdoll. Confira o relato dela:

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Meu gatinho encrenqueiro

Para não dizer que nunca tive um gato, uma vez cuidamos de uma gatinha que apareceu no nosso quintal. Foi uma tragédia. Ela morreu dois dias depois da adoção, por motivos desconhecidos.

A experiência malsucedida –e o fato de meus pais preferirem cães— me deixou longe dos gatos até três semanas atrás, quando o Tom chegou. E chegou chegando. No auge dos seus quatro meses, ele sobe em quase todos os móveis da casa, escala persianas, corre 30 metros rasos do quarto até a sala e se enfia em buracos jamais vistos.

Para mim, tudo é novidade. O primeiro choque foi constatar que ele já veio sabendo fazer xixi e cocô no lugar certo, sua caixa de areia. Impressionante, não errou uma. Cachorros demoram aprender e, mesmo depois de ensinados, podem errar o alvo em momentos de tensão.

A segunda surpresa foram as sonecas. O Tom dorme 80% do tempo. No primeiro dia a sós com ele, pensei que tinha sido mordido pela mosca tsé-tsé, que transmite a doença do sono. Googlei: “Meu gato dorme muito, isso é normal?” Parece que sim. Depois de ler vários blogs e revistas, descobri que os gatos têm uma relação engraçada com o sono: ficam boa parte do tempo meio-dormindo, meio-acordados e despertam de vez no amanhecer e no anoitecer, o que é chamado de sono crepuscular.

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É de manhã cedinho e no começo da noite que o Tom fica mais aceso. Isso já rendeu cenas engraçadas, como na noite em que ele caiu na minha cabeça enquanto eu pegava no sono (e ele tentava escalar a prateleira que fica acima da cama). Por motivos de segurança, o quarto foi banido à noite, pelo menos nessa fase mais pestinha.

O Tom é um ragdoll (do inglês, boneca de pano). Não por acaso, essa é uma das raças mais mansas e sociáveis, resultado do cruzamento de várias outras raças, entre elas persa e sagrado da Birmânia. Isso quer dizer que, mesmo sendo pestinha, o Tom é uma fofura: guarda as unhas quando vai brincar com a gente, deixa ser paparicado e parece um sombra, segue a gente o tempo todo pela casa. Claro que isso tem um lado xaropinho, afinal, ter um gato na pia do banheiro enquanto você escova os dentes não é muito prático nem higiênico.

Eu que sempre ouvi dizer que gatos eram frios me surpreendi. Sim, eles são mais independentes que os cães, tanto que a rotina da casa não mudou muito por causa do Tom. Já tive alguns cachorros e lembro como um filhotinho vira o centro das atenções. Gatos parecem dar menos trabalho, mas conseguem ser tão fofos e companheiros como os cachorros. Eu digo que ele parece um bicho de pelúcia animado. Tudo bem, MUITO animado, às vezes até demais…

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Em tempo: Tom tem quatro meses, mas está com tamanho de gato adulto. Isso é comum em ragdoll. Quem quiser saber mais sobre a raça, pode clicar aqui.

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