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Porém, dois deles passaram dos limites e me causaram indignação (e explicam o motivo de escrever sobre isso aqui no blog): um filhote de crocodilo e um trio de suricatos. Sim, a criança ganhou um crocodilo. Mas não é por ela que eu estou chocada (afinal, claro que jamais ficará perto do bicho e será exposta a qualquer tipo de risco), mas pelo animal.

Ele foi dado pelo governo da Austrália e vai ficar em um zoológico por lá mesmo. George só terá o direito de acompanhar o seu crescimento. O problema é que fizeram foto do crocodilo com a boca totalmente amarrada, com chapéu de aniversário ao lado de um bolo com vela de um ano. O bicho mal abre o olho na foto e, certamente, está super incomodado e com medo. Pior que isso: criaram uma página no Facebook para exibir as fotos (veja aqui).

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Pelo que entendi, a ideia é transformar o animal – que ganhou o mesmo nome do pequeno príncipe – em atração turística. No Face aparecem várias imagens dele com outra pessoas, também com a boca amarrada.

Duas considerações aqui: primeiro que tudo isso é completamente desnecessário. Crocodilo não é pet que pode ficar posando para fotos fofas que está tudo bem. Ele precisa ficar em seu habitat natural. Segundo que isso – considerando que as páginas reais nas mídias sociais têm milhares de seguidores – incentiva o povo por aí a fazer o mesmo e tratar animais selvagens como se fossem brinquedos.

Falando em brinquedo, o mesmo vale para os suricatos. Eles foram dados pela Dudley and West Midlands Zoological Society e certamente não vão ficar com o George. Mas é o mesmo raciocínio: dá-los de presente a uma criança incentiva a prática, que é abominada pela proteção animal.