Os projetos de reorganização das unidades da Polícia Militar (PM) e que fixam o aumento do efetivo mostram que já há uma preocupação do alto comando para melhorar o trabalho diário dos policiais. Porém, para colocar em prática tais mudanças são necessários milhões e milhões de reais. Um estado que não otimiza seus gastos, ao menos na área de Segurança Pública, aumentará ainda mais seu custeio com a implantação do projeto de reestruturação da PM.
Recentemente, o Instituto de Defesa de Direitos Humanos (Iddeha) ingressou com
uma ação civil pública na Justiça Federal para tentar fazer com que a verba do Pronasci não seja estornada por falta de uso em projetos de prevenção à violência no Paraná. É uma prova do descaso com a verba pública.
Não que a reestruturação da PM não seja importante. De fato, mudar os conceitos antigos dos militares e aumentar o efetivo são questões emergenciais.
Mas por que não reorganizar os investimentos que já existem na própria
Secretaria de Estado da Segurança Pública, como esses projetos parados propostos pelo Iddeha?
Afinal, a PEC 64 foi aprovada no último mês e deve onerar ainda mais os cofres públicos com o piso que virará teto em todas as patentes da PM, transformando
os soldões em subsídios. É claro que o projeto é importante, mas será que há
planejamento mesmo para tanto gasto?
Na teoria burocrática do serviço público, vão dizer que o dinheiro do Pronasci é
diferente da verba do tesouro estadual. É mesmo, mas saem todos do mesmo bolso,
o dos contribuintes.
E mesmo com todos esses projetos, o efetivo vai continuar defasado, o dinheiro dos projetos do Pronasci deve ser estornado e a mudança de soldão para subsídio não vai fazer com que as reclamações por melhores salários diminuam… Ou alguém acha o contrário?
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