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Fruet, Petraglia, Luís Fernandes, Richa e Valcke: a reunião que selou a mudança de rumo da Copa em Curitiba. (Foto: Reprodução/@jeromevalcke)
Fruet, Petraglia, Luís Fernandes, Richa e Valcke: a reunião que selou a mudança de rumo da Copa em Curitiba. (Foto: Reprodução/@jeromevalcke)| Foto:
Fruet, Petraglia, Luís Fernandes, Richa e Valcke: a reunião que selou a mudança de rumo da Copa em Curitiba. (Foto: Reprodução/@jeromevalcke)

Fruet, Petraglia, Luís Fernandes, Richa e Valcke: a reunião que selou a mudança de rumo da Copa em Curitiba. (Foto: Reprodução/@jeromevalcke)

Embora Mario Celso Cunha tenha dito “não se trata de uma intervenção”, Jérôme Valcke anunciou, sim, uma intervenção nas obras da Arena da Baixada. Era projeto de um homem só, virou um projeto de Atlético, prefeitura de Curitiba e governo do Paraná.

 

À sua maneira, Mario Celso Petraglia pediu isso várias vezes. Com a finalidade de agilizar a liberação de recursos (sem dúvida, um dos fatores, não o único, para o atraso na obra), cobrou envolvimento maior do município e do estado, que foram lenientes por anos com o andamento do projeto. Será atendido da maneira que não imaginava, como parte de um plano elaborado por todos (Fifa, governo federal, prefeitura, governo estadual), menos ele, com direito a uma dura cobrança de Valcke.

 

Se a intervenção é ruim para Petraglia, pois lhe tira poder e arranha a imagem de grande realizador que ele sempre cultivou, é ótima para o Atlético. A conclusão da Arena, até então, era um problema apenas do clube. Agora, é um problema de todos.

 

Se a Arena não ficar pronta a tempo, é problema para a Fifa, que teria dor de cabeça com patrocinadores, seleções, tabela e milhares de torcedores que compraram ingresso. É problema para o governo federal, que teria a incapacidade de cumprir os prazos da Copa carimbada pela exclusão de uma sede. É problema para o Beto Richa, que começou todo o processo de Copa como prefeito e perderia o evento a poucos meses da eleição. É problema para Gustavo Fruet, que pegou o bonde andando, mas teria de renegociar com o governo federal obras que sairiam do PAC da Copa e assumiria, por exemplo, o passivo de ações de quem teve seu imóvel desapropriado pelo município para uma Copa não aconteceria mais.

 

Por ter tanta gente com tanto a perder é que escrevi na Esportiva impressa e no blog que Curitiba não perderia a Copa. E mesmo com o prazo para as coisas se ajustarem sendo curto, repito: Curitiba receberá os quatro jogos que o sorteio jogou no seu colo. Quando isso acontecer, é provável que fique para a história que a Copa só saiu porque a Fifa e o governo federal cobraram e porque prefeitura e governo do estado tomaram as rédeas.

 

Ok, é o que vai para os livros e e-books. Mas um fato é imutável: acabando a Copa, o Atlético receberá seu estádio pronto, padrão Fifa. Terá três (ou quatro) financiamentos para pagar, mas uma mina de ouro para explorar. E sem ter um parceiro abocanhando grandes fatias do faturamento, como a OAS no Grêmio ou a W/Torre no Palmeiras.

Se for bem administrada, a Arena dará muito dinheiro para o Atlético, dinheiro capaz de fazer o clube mudar de patamar. E fora do comando da obra, Petraglia terá tempo para preparar esse momento pós-Copa, tempo para se dedicar ao time de futebol, ultimamente deixado em segundo plano por causa do estádio. Embora qualquer apreensão seja justificável, o Atlético deve olhar com otimismo para o futuro desenhado a partir da passagem de Jérôme Valcke por Curitiba.

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