Atlético e Paraná estão de parabéns pelo acordo para realizar o Atletiba na Vila Olímpica. Até se pode alegar que o Couto Pereira seria uma opção mais interessante, que limitar o clássico a 8 mil pessoas é reduzí-lo e que será necessária uma operação de segurança cuidadosa para evitar brigas no entorno do estádio. Ok, mas há um ponto que se sobrepõe a esses aspectos: os clubes sentaram para conversar e chegaram a um acordo.
O histórico recente da relação entre os grandes clubes do estado comprova que até essa simples demonstração de civilidade estava difícil de acontecer. Sempre havia algum ressentimento travando o avanço de qualquer conversa. Há alguns ressentimentos na convivência entre Atlético e Paraná, mas eles foram deixados de lado por um acordo que faz bem aos dois clubes. Ninguém se importou em engolir sapos.
O Atletiba será disputado em uma condição de segurança mais viável do que seria no Ecoestádio ou no interior. Não só esse, mas o de uma eventual final, como já ficou encaminhado.
Da mesma maneira que ficou encaminhada a cessão de um dos estádios paranistas — Vila Olímpica ou Capanema — para o Atlético durante a Copa do Brasil e o Brasileiro. Ponto para o Furacão, que não precisará levar as partidas mais complicadas (contra paulistas, cariocas e gaúchos) para redutos dos adversários. Ponto para o sócio atleticano, que poderá ver seu time de perto e comparecer em maior número ao estádio.
O Paraná receberá uma receita extra que pode ser revertida às melhorias que o clube está fazendo na Vila Capanema. Seja a troca do gramado, seja a cobertura da Curva Norte.
Um possível ponto de virada na relação entre os clubes do estado. Estádio, Sul-Minas, ações comerciais e de marketing. Há muito terreno para o trio de ferro agir — e lucrar — junto. Que seja só o começo.
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