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Assisti a uma partida de Lucas Mugni no estádio, o amistoso entre Coritiba e Colón, reestreia de Alex no Coxa. Fiquei impressionado com o camisa 10 que fazia a ligação entre meio-ataque por dentro com a mesma eficiência que caía pelos lados do campo. Transpondo para o Atlético do Brasileirão, características que permitiriam a ele jogar tanto no lugar de Paulo Baier (com mais movimentação) como no de Éverton.

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Como uma partida só é pouco tempo para avaliar um jogador, recorri a quem está acostumado a ver Mugni desde que ele despontou no Sabalero em 2010. Renato Zanata Arnos, do blog Futebol Portenho, e Gabriel Dudziak, colunista de América do Sul do site Trivela, atenderam o pedido do Bola no Corpo para falar sobre Mugni. Arnos, então, até enviou dois campinhos com o posicionamento que Mugni poderia ocupar no time atleticano, considerando a estrutura usada por Vagner Mancini no ano passado. Confiram…

 

Uma boa promessa que precisa de sequência de jogos

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Entendo que o melhor momento do Lucas Mugni foi no segundo semestre de 2012, dentro do torneio Inicial e dentro da Copa Sul-Americana. Justamente no melhor momento do seu clube, o Colón de Santa Fé. O Colón segurou uma invencibilidade nas seis primeiras rodadas do Campeonato Argentino e obteve duas vitórias contra o Racing Club na Sul-Americana, com Mugni se destacando nas duas competições.

 

Taticamente, Mugni atua no Colón dentro de um 4-4-2 ou em um 4-3-1-2. No 4-4-2 ele é escalado pelos dois lados da segunda linha de 4, sendo que na direita ele costuma fazer jogadas em diagonal para arrematar com a perna esquerda. Jogou mais vezes neste esquema.

 

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No 4-3-1-2 ele atua como meia centralizado com maior liberdade de movimentação para buscar tabelas e triangulações pelos dois lados do campo ofensivo.”

Renato Zanata Arnos, editor do blog Futebol Argentino, autor do livro Adílio, Camisa 8 da Nação, co-autor de Sarriá-82: O que faltou ao futebol-arte?, com Gustavo Román, ex-comentarista de futebol argentino no Esporte Interativo.

 

Vítima da espera argentina por um novo camisa 10

“Vejo Lucas Mugni como mais um jogador vitimado pela expectativa de que a cada esquina da Argentina vá se encontrar um novo camisa 10. Ele chegou ao time principal do Colón com 18 anos e já virou xodó do clube. A questão é que ali era empolgação e a boa qualidade técnica referendou a expectativa pelo atleta.

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Na sequência, no entanto, em meio à convocação para a seleção argentina no Superclássico contra o Brasil e especulações de que poderia ir para o Barcelona, Lazio e outros, o futebol dele caiu. Oscilou junto com o Colón e começou a ser questionado como se já fosse realidade.

Hoje tem 22 anos, quatro deles como profissional, e apenas seis gols na carreira. É uma aposta e não dá para esperar que assuma a camisa 10 de um clube do porte do Atlético Paranaense — ou do Flamengo — facilmente.”

Gabriel Dudziak, colunista de América do Sul da Trivela, repórter, apresentador e comentarista da CBN São Paulo.

 

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E, claro, um agradecimento monstro aos craques Renato Zanata Arnos e Gabriel Dudziak.