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O Atlético é um dos bons times da Série B. Com o que tem hoje em mãos, sobe. Não será a derrota para o Boa que mudará este cenário. Mas o resultado a atuação em Varginha dão (mais alguns) claros sinais de que são necessários alguns ajustes para confirmar essa tendência – e até facilitá-la -, além de evitar um fracasso no fim do ano, que seria o Rubro-Negro permanecer na Segundona.

O primeiro é dentro de campo. Carrasco trouxe ao Atlético uma maneira diferente de jogar futebol, ofensiva e vertical. A pedido da presidência, “abrasileirou” o time trocando um atacante por um volante. Uma mudança manca, pois o Atlético alterou o esquema tática sem mexer na forma de jogar. O time continua jogando de forma vertical, sem reter a bola no meio-campo, como bem apontou o Guilherme de Paula na 98. Na prática, o que se vê são zagueiros e volantes conduzindo a bola metros a fio até bater na parede adversária.

Se o Atlético confia em Carrasco, que deixe ele moldar o time ao seu estilo. Vai perder jogos por causa disso? Vai. Mas vai ganhar muitos outros por causa da ofensividade. Ficou claro é que ele não sabe montar uma equipe mais cadenciada. Se a direção tem convicção de que o mais adequado é ter uma formação “brasileira”, que busque outro treinador. Repito: melhor manter Carrasco e deixá-lo trabalhar.

Manter Carrasco, deixá-lo trabalhar e dar a ele as ferramentas para isso. Sem Héracles e sem outra opção, Zezinho fez mais um jogo improvisado na lateral-esquerda. Zezinho nem comprometeu, mas se ele precisa quebrar galho na lateral ele não está jogando no meio, onde foi decisivo várias vezes. Na zaga, trocou-se o volante improvisado: Foguinho por Cléberson. No ataque faltou alguém para cair pelos lados do campo, pois Guerrón voltou a ser “herança maldita” para a diretoria depois do pênalti perdido na final do Paranaense – sim, o Estadual que o Atlético tanto critica, muitas vezes com razão, serve para queimar jogador.

A resposta pública a estes problemas é inócua. Sem conceder entrevistas, Petraglia fala pelo Twitter. Um discurso repetitivo e previsível, com ameaças de deixar o comando do clube, pedradas na gestão anterior, provocações e, seguindo a tendência, o discurso de que tudo está dentro do planejamento. Mesmo com a trabalhosa operação Copa e a dificuldade adicional para conseguir uma casa provisória, a diretoria rubro-negra precisa dar respostas mais rápidas e eficientes aos problemas do futebol. Pelo tamanho do clube e da verba de tevê, o acesso é obrigatório e está ao alcance das mãos do Atlético. Mas em alguns momentos o clube faz força para empurrá-lo pra longe.

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