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Atlético conseguiu entrar em acordo com o procurador de Santiago García

O Nacional espera o diretor de futebol do Atlético, Alfredo Ibiapina, nesta quarta-feira, em Montevidéu, para finalizar a negociação do atacante El Morro Garcia. Esta informação foi passada por Héctor Olmos, vice-presidente do clube uruguaio, com quem conversei agora há pouco. Ele elogiou a proposta rubro-negra, mas deixou claro que ainda há algo a ser acertado. “É uma oferta muito boa. Está de acordo com o que o Nacional espera, mas ainda há alguns detalhes. Tem que acertar com o jogador”, afirmou o dirigente.

O primeiro detalhe é quanto ao percentual dos direitos econômicos que ficarão com o Nacional. Chegou até a ser comentado na imprensa uruguaia que a aquisição seria integral, o que Olmos negou. “100% de El Morro vale muito mais do que o Atlético Paranaense está oferecendo”, comentou. A intenção inicial do Atlético era ficar com 60%. O percentual baixou para 50%, mas o Nacional ainda espera ficar com um pouco mais. “Queremos ceder um pouco menos de 50%”, afirmou o dirigente, sem definir um patamar.

Na prática, esse ajuste percentual passa também pela forma de pagamento dos US$ 2 milhões oferecidos pelo Atlético. O Atlético está disposto a parcelar o pagamento, mas está pronto para desembolsar este valor de uma vez só. Naturalmente, os dois pontos serão tratados em paralelo. Se o Nacional exigir ficar com mais de 50%, terá de aceitar receber em parcelas, mesmo que de curto prazo. Se topar o meio a meio ou mesmo se aproximar dos 60% desejados pelo Atlético, aumenta a chance de o pagamento ser à vista.

Parece complicado, mas não é. Várias vezes Héctor Olmos me disse que a oferta está boa para o Nacional. Do lado do Atlético também há confiança de que estes detalhes serão resolvidos rapidamente.

Quanto ao jogador, os valores de salário e das luvas também foram combinados previamente com o empresário dele. O que falta acertar é como serão pagas as luvas, e aí a situação é a mesma do trato com o Nacional – o Atlético quer dividir o pagamento, mas está pronto para pagar a curto prazo.

Ah, sim. Os valores envolvidos na negociação são mesmo aqueles revelados pelo El País, de Montevidéu, na sexta-feira, e reproduzidos aqui no blog no sábado: US$ 2 milhões para o Nacional, US$ 400 mil na mão do jogador, contrato de cinco anos, salário de US$ 20 mil no primeiro ano, US$ 40 mil nos dois últimos e um crescimento escalonado entre o segundo e o terceiro ano.

Algo pode atrapalhar a negociação? Apenas algum pedido de última hora que fuja do combinado verbalmente – não há nada assinado. O Nacional, pelo que senti no papo com o vice-presidente, não vai mudar de ideia. Talvez do jogador ou do seu empresário, a única ponta do negócio com que não consegui falar. Na verdade, a chance maior de o negócio não ser finalizado nesta quarta-feira parece ser Alfredo Ibiapina não conseguir chegar ao Uruguai por causa do vulcão chileno. Quando escrevi o post, a informação era de que ele estava aqui em São Paulo tentando embarcar.

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El Morro Garcia pode não ser o único uruguaio a desembarcar na Baixada. O Atlético tem interesse em Martinuccio, do Peñarol. O interesse é relativamente antigo, mas o Atlético entrou no negócio no mesmo momento que o Palmeiras e há uma consciência de que o fator Felipão pode pesar a favor dos paulistas.

Isso não significa que o Atlético desistiu – e também não desistirá com a vinda de El Morro. Ibiapina usará a viagem a Montevidéu para manter novos contatos. A negociação, porém, só irá prosperar depois da final da Libertadores.

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