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Meia Ronaldo Mendes lamenta oportunidade perdida contra o São Caetano

As mais recentes edições da Série B sepultaram o estilo de jogo truculento, baseado na força física e no abuso das faltas, como caminho para subir à primeira divisão do futebol brasileiro. Nos últimos anos, quem se preocupou em jogar bola, subiu; quem priorizou não deixar jogar, no máximo não caiu. Sendo assim, a conclusão que se tira de Paraná 0 x 0 São Caetano é: o Paraná brigará para subir; o São Caetano, para não cair.

Mesmo sabendo que enfrentaria um adversário retrancado e um gramado impraticável, o Paraná se preocupou desde o primeiro minuto em vencer. Não demorou a adaptar seu jogo ao terreno. Tirou a bola do chão, preferiu os passes rápidos e verticais à jogada individual, chutou de fora da área sempre que possível.

O São Caetano ficou na dele. Impôs marcação individual aos três mais talentosos jogadores do Paraná, fez falta (foram 35, com 7 cartões amarelos) e enrolou o jogo sempre que possível, subiu raras vezes ao ataque e ergueu as mãos aos céus quando, de tanto martelar sem sucesso, o Paraná apelou para o jogo aéreo contra a alta e bem posicionada defesa paulista.

O Paraná não venceu por imprecisão na finalização. De 17 bolas chutadas ou cabeceadas contra o gol de Rafael Santos, 12 foram para fora. Mas não desistiu em momento algum. Por isso, mereceu o aplauso de um torcida que, em dois jogos, já perceber ter diante de seus olhos um time capaz de subir jogando bola.

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Luís Carlos – Não fez uma defesa sequer, mas errou feio ao correr até a linha lateral da área marcar Danielzinho, em um lance que Danilo Bueno quase transformou em gol. 5,5

Roniery – Com os meias marcados, o Paraná precisava do apoio de quem estava solto. Roniery tinha apenas Danielzinho caindo pelo seu setor e conformou-se em marcá-lo. 5

Anderson – Seguro a maior parte do tempo, quase entregou o ouro a perder uma bola para Danielzinho na área. 5,5

Brinner – Seguro como Anderson, mas sem cometer uma única falha. 6

Paulinho – Apoiou bem menos do que contra o ABC, com o agravante de ter o corredor para a sua subida aberto constantemente pela marcação de Samuel Xavier em Rubinho. 5,5

Fernando Gabriel – A sua entrada no meio-campo renovou a pressão do Paraná. Sem receber marcação individual, teve liberdade para armar e ainda ficou responsável pela bola parada. 6

Cambará – Sem grandes dificuldades na marcação, deveria ter se arriscado mais como elemento-surpresa. 5,5

Ricardo Conceição – Sem marcação individual, virou o escape ofensivo para o Paraná, sempre chegando de trás para finalizar. Seu pé, porém, esteve descalibrado. Chutou cinco bolas pela linha de fundo. 6,5

Lúcio Flávio – Vigiado de perto por Dudu, foi quem melhor conseguiu se livrar da marcação individual. Criou boas jogadas, mas não conseguiu encontrar os companheiros na área na bola parada. 6

Ronaldo Mendes – Marcado individualmente por Leandro Carvalho, teve dificuldade para conseguir jogar. Saiu por cansaço. 5,5

Léo – Quase fez o gol na primeira jogada, salva em cima da linha pela zaga do São Caetano. Não conseguiu vencer o duelo pelo alto com os beques adversários. 5,5

Rubinho – Encarou bem a marcação de Samuel Xavier no primeiro tempo e participou de boas jogadas de ataque. Depois, cansou e perdeu rendimento. 6

Carlinhos – Entrou bem no jogo, dando velocidade ao time pelo lado do campo. Já poderia ter entrado no intervalo. 6

JJ Morales — Brigou muito com os adversários e com a bola. Produziu pouco. 5

Dado Cavalcanti – Armou um time capaz de se adaptar bem ao gramado ruim. No fim, acabou refém dos gols perdidos. 6

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