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15 momentos inacreditáveis da política paranaense em 2015
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O ano acabou, mas 2015 entrou para a história da política paranaense como um ano cheio de histórias inacreditáveis. O blog separou 15 momentos para uma breve retrospectiva.
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1 – Deputados no camburão
Em fevereiro, quando o governo do estado enviou a primeira versão de seu ajuste fiscal para a Assembleia Legislativa, manifestantes invadiram o plenário para impedir a votação. Os deputados decidiram manter a votação, mas precisaram arranjar um jeito de entrar sem enfrentar a fúria da população. A saída encontrada foi absolutamente inusitada: os deputados entraram em um ônibus da tropa de choque da PM, que entrou no prédio depois de cortarem as grades do local. Um manifestante deitou em frente ao camburão e foi retirado.


2 – Sessão no restaurante da Assembleia
Depois de entrar na Assembleia, os deputados não tinham plenário onde votar. Fizeram a sessão no quinto andar, num antigo restaurante,. Mas os manifestantes ameaçaram invadir e a votação nunca chegou a ocorrer. Os deputados não tinham rota de fuga e só foram “liberados” quando o governo retirou os projetos.


3 – Pancadaria no Centro Cívico
Em 29 de abril, os deputados votaram a segunda versão do ajuste fiscal. Do lado de fora, milhares de pessoas protestaram. A polícia reagiu de maneira violenta, causando uma pancadaria de grandes proporções. Houve 213 feridos. A prefeitura precisou acolher pessoas com cortes e atingidas por bombas de gás. Um policial supostamente ferido apareceu numa foto na internet coberto de groselha, em vez de sangue. A polícia disse que um carrinho de bebê continha bombas: eram pamonhas. As pedras e paus recolhidos nunca foram associadas a nenhum dos presos.


4 – O mais machucado foi Richa
Depois de toda a pancadaria, o governador Beto Richa insistiu em dizer que a culpa não foi da polícia, mas que “infiltrados” provocaram a reação dos PMs. Em entrevista posterior, pediu desculpas à população pelos excessos, mas disse que o mais machucado de toda a situação foi ele.


5 – Cartaz sobre deficientes
A prefeitura de Curitiba conseguiu causar a fúria da população nas redes sociais com um cartaz que pedia redução de direitos para deficientes. A campanha, que de início não trazia assinatura, foi explicada quando já era tarde demais para contornar a reação de repúdio. A ideia era numa segunda fase explicar que se tratava de uma crítica a quem questionava os direitos das pessoas com deficiência.

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6 – Vereador dizendo que paga para trabalhar
O vereador Chico do Uberaba chamou a atenção quando disse, no plenário da Câmara, que ele e os colegas estavam “pagando para ser vereador”. O vídeo virou hit na internet.


7 – Deputado fala sobre possessão demoníaca
O deputado federal Takayama, que é pastor evangélico, entrou em uma briga com um motorista do senador Delcídio Amaral – na época em que o senador não era presidiário. Questionado sobre o que tinha acontecido, Takayama disse que a explicação que lhe ocorria era que só podia se tratar de possessão demoníaca.

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8 – Duelo UFPR/Francischini
O deputado Fernando Francischini entrou numa disputa com o curso de Direito da UFPR ao pedir informações sobre uma turma que estaria reservando vagas “para o MST”. O diretor do setor de Ciências Jurídicas, Ricardo Marcelo da Fonseca, escreveu uma carta irônica em resposta explicando que o curso para assentados se baseava numa política do PSDB, mas que fazia questão de responder ao deputado já que depois do 29 de abril “todos sabiam” da preocupação de Francischini com a educação. O deputado respondeu dizendo que o professor era um “petista infiltrado”.


9 – A carta do Bibinho
O ex-diretor-geral da Assembleia Legislativa Abib Miguel surgiu do ostracismo no meio do ano por meio de uma carta entregue a um amigo, o deputado Luiz Carlos Martins. Ninguém viu exatamente o conteúdo do que estava escrito, fora os próprios deputados. Mas as versões sobre o que estava escrito variaram bastante: o ponto em comum entre todas elas era que se tratava de insinuações contra um ex-dirigente da Assembleia.

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10 – Fernanda nem sabe o que é um auditor
O Ministério Público abriu uma investigação para apurar uma denúncia anônima de que Fernanda Richa teria intermediado uma doação de R$ 2 milhões de auditores fiscais à campanha do marido. Beto Richa reagiu dizendo que a esposa “nem sabia” o que era um auditor fiscal. Como se sabe, Fernanda tinha uma parceria com os auditores na sua secretaria havia anos, para mediar a doação de cobertores.

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11 – Suplente x Maria da Penha
O suplente de deputado federal Osmar Bertoldi (DEM) foi acusado pela ex-noiva de agressão e cárcere privado. Bertoldi nega as acusações, mas estava sendo procurado pela Justiça para cumprir medidas protetivas e perdeu o cargo na Cohapar.

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12 – Auxílio TC
Os conselheiros do Tribunal de Contas decidiram aderir à farra do auxílio-moradia e pediram para eles também o mesmo que os juízes ganham. Mais bizarro, porém, no caso dos conselheiros, é que eles nem precisam mudar de comarca ou algo assim: todos moram em Curitiba.


13 – Escala técnica cinco estrelas
Beto Richa viajou para a Europa a trabalho, com a esposa. Descobriu-se que antes do primeiro destino com compromissos, porém, o governador ficou 48 horas, durante um fim de semana, em Paris, num hotel cinco estrelas à beira do Arco do Triunfo. Tudo pago pelo contribuinte e pelo ajuste fiscal, claro.


14 – Partido de Schroedinger
O PT curitibano está e não está na prefeitura de Gustavo Fruet. O partido diz que terá candidato e por isso largou os cargos. A vice-prefeita Mirian Gonçalves deixou de ser secretária. Mas o PT apoia o prefeito na Câmara e diz que não tem nada contra o prefeito.


15 – Interino ostentando

O presidente da Assembleia passou uma semana como governador do estado. E Traiano não deixou por menos. Fez tudo o que podia e até mais. Recebeu visitas, fez fotos, viajou. Em Francisco Beltrão, sua terra, a prefeitura reclamou que ele parou o centro da cidade por um esquema de segurança desnecessário. E isso que o prefeito é cunhado de Traiano.

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