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O senador Alvaro Dias (PSDB) diz não temer a possível influência do caso de sua aposentadoria como ex-governador em uma futura campanha eleitoral.

Alvaro foi vítima de críticas pesadas em função de seu pedido para passar a receber os R$ 24,8 mil mensais como ex-ocupante do Palácio Iguaçu.

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E, principalmente, por ter pedido para receber R$ 1,6 milhão em retroativos: ele podia ter pedido a aposentadoria em 1991 e, como não o fez, pediu os últimos cinco anos agora.

É claro que qualquer adversário inteligente de Alvaro usará isso na campanha, mesmo com ele dizendo que vai destinar todo o recurso para instituições de caridade.

“Nunca subestimo a inteligência do povo, especialmente do povo humilde”, diz o senador, afirmando que os eleitores vão saber entender que o propósito dele realmente era, desde o começo, fazer as doações.

No entanto, mesmo que Alvaro doe todo o dinheiro, sua situação não será fácil assim, e ele, como político experimentado, sabe disso.

Mais de um político já caiu em função da fama de “marajá”. É uma das poucas coisas, talvez, que o eleitor brasileiro não aceita: o político que pede dinheiro, muito dinheiro, dos cofres públicos.

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O próprio Alvaro e Requião usaram isso contra José Richa, aposentado pelo poder público, na campanha de 1990. Será que Alvaro resistirá aos ataques na campanha para manter seu mandato de senador, em 2014?

Em 2006, não custa lembrar, o senador lutou para não perder para a novata Gleisi Hoffmann.

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