O clima ficou tenso na base governista desde a prisão de Luiz Abi nesta segunda-feira em Curitiba. Primo do governador Beto Richa (PSDB), Abi foi detido pelo Gaeco e levado para Londrina sob suspeita de ter participado de irregularidades em uma licitação.
Os receios dos deputados estaduais próximos ao governador são dois. Primeiro porque Abi é muito próximo do governador. Em coluna anterior, fiz uma enquete com deputados, secretários e ex-secretários próximos a Richa e Abi apareceu como uma das pessoas que o governador mais ouve, um de seus principais conselheiros.
O outro motivo é que a oposição tem um pedido, feito pelo deputado Requião Filho (PMDB), de que se crie uma CPI da Receita Estadual em Londrina. Em tese, a prisão de Abi não tem relação com os supostos desvios que o mesmo Ministério Público está apurando na mesma Londrina. Mas os fatos parecem próximos demais e a oposição pode conseguir emplacar a investigação.
No Palácio, já teriam criado cinco CPIs para serem protocoladas e colocadas em funcionamento antes que a oposição possa atuar. O regimento só permite o funcionamento simultâneo de cinco CPIs. Um, grupo de gestão de crise ficou reunido nesta segunda até tarde para saber o que mais precisava ser feito imediatamente para evitar que o problema se alastre.
Um deputado experiente, consultado pelo blog, disse que, por todas as ligações de Abi, o clima na Assembleia nesta terça é de muito nervosismo. “Todos achavam que, depois da crise com os professores, as manifestações anti-Dilma tinham aliviado a situação política do governo estadual. “Agora começou tudo de novo”, disse.
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