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Beto Richa. Foto: Lineu Filho/Gazeta do Povo.
Beto Richa. Foto: Lineu Filho/Gazeta do Povo.| Foto:

O ex-governador Beto Richa contesta a afirmação feita pelo blog de que seu governo tenha causado achatamento salarial para o funcionalismo paranaense. Em resposta a um texto em que o blog afirma que os servidores perderam um mês de salário pela falta de reposição da inflação, o governador apresentou números bem diferentes.

“Ao longo do período de sete anos, o funcionalismo do estado teve em média acréscimo de 83,77%”, disse Richa ao blog, por telefone. “O IPCA no mesmo período foi de 54,92%”, afirma o ex-governador, dizendo que, portanto, os funcionários de modo geral tiveram aumento real de ganhos durante seus dois mandatos.

Richa diz ainda que no caso dos professores, incluindo as progressões e promoções, a média de acréscimo salarial em sete anos foi de 146%. “Houve ganho real. E em 2016 fomos o único estado a dar reajuste, de 10,67%”, afirmou o tucano.

Os números variam de acordo com a fonte. No entanto, Richa tem razão em apontar que, ao longo dos dois mandatos, os números são bem mais positivos. É que houve uma disparidade incrível entre o primeiro período de governo do PSDB e o segundo.

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Nos primeiros quatro anos, Richa deu reajustes e cumpriu com promessas de campanha que tinham a ver com conquistas salariais. De fato, algumas categorias terminaram o mandato com vencimentos bem superiores do que tinham até 2010.

Porém, em 2015, começou um arrocho sem precedentes na história recente do estado. O próprio Richa admite que houve uma guinada, causada segundo ele pela crise econômica e pelos benefícios concedidos até 2014 que teriam inchado a folha de pagamento.

“Não foram apenas os reajustes, como também as contratações. Hoje segundo me informam 44% da polícia são contratados do nosso governo. Entre os professores o número também é alto”, diz.

Isso em nenhum momento contraria o fato de que desde 2016 o salário (inclusive com eventuais ganhos anteriores) começou a se deteriorar com a inflação, sem que haja reposição das perdas inflacionárias.

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