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Câmara suspende mandato de Galdino, acusado de agredir colega
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A Câmara de Curitiba decidiu punir o vereador Professor Galdino (PSDB) com a suspensão de seu mandato daqui até o fim da legislatura, em 31 de dezembro. Galdino foi acusado de agredir uma colega vereadora, Carla Pimentel (PSC), em setembro deste ano.

A votação da punição de Galdino ocorreu em plenário, nesta quinta-feira. A Comissão Processante, encarregada de analisar o caso, já havia recomendado essa pena. Carla Pimentel queria a cassação do mandato de Galdino, o que lhe tiraria direitos políticos.

A denúncia contra Galdino foi de que ele teria se jogado sobre a vereadora, com o pretexto de pegar um santinho que estava com ela, e que teria se aproveitado da confusão para apalpar o corpo da vereadora. Ela o denunciou por assédio sexual.

Os colegas de Galdino, no entanto, acreditam que não há provas do abuso sexual e puniram-no apenas pela agressão. Carla Pimentel também já havia levado o caso à Polícia Civil. Nenhum dos dois está eleito para o próximo mandato.

Na sessão desta quinta, Galdino não compareceu porque, segundo sua advogada, não tinha condições psicológicas para isso. “Ele não se acovardou”, disse Mirian Carvalho, que representou o vereador.

“Eu mesma recomendei que ele não viesse para que as pessoas mantivessem a imagem daquele vereador alegre, que diverte a todos”, disse a advogada. “Uma pessoa com a história dele não merece ser vista no estado em que está.”

Na sua fala, a vereadora Carla Pimentel reforçou sua acusação de assédio sexual. “É impossível silenciar ou pôr panos quentes, como ouvi de vereadores. Continuo convicta de que isto é uma bandeira”

O vereador Rogério Campos (PSC) confirmou o relato de Carla Pimentel. “Com a mão na altura do pescoço, [Galdino] veio apalpando ela até a altura do quadril, de maneira nojenta”, disse da tribuna.

A maioria dos vereadores, porém, votou pela absolvição no caso de assédio sexual, acreditando na versão da advogada de que Galdino roçou no seio de Carla Pimentel sem querer.

A advogada disse que os vereadores precisavam levar em conta as provas e não o caráter de Galdino. “Uma coisa é o Galdino ser chato, usar óculos escuros em ambiente fechado, usar jaleco. Outra coisa é ser um agressor”, disse Carvalho, que também chamou o vereador de “exótico”.

A votação terminou com 21 votos pela suspensão do mandato de Galdino e sete abstenções.

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