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A Câmara dos Deputados deve votar nesta semana a Medida Provisória que determina um “regime diferenciado” para as obras da Copa e da Olimpíada. Por “regime diferenciado” entenda-se um atalho para tentar fazer alguma obra acabar a tempo. Coisa em que, admitamos, governos brasileiros não são lá muito experientes.

A relatoria do atalho ficou com a deputada Jandira Feghali, do PCdoB carioca. A deputada fez um relatório tão favorável ao novo regime, mas tão favorável, que é de se imaginar que somos todos uns otários de ainda estar usando o velho sistema de licitações do país.

Segundo ela, o atual regime de licitações, feito exatamente para inibir chunchos na escolha de empresas prestadoras de serviços, eliminando as indicações de empreiteiras amigas, etc, é muito pior do que a forma abreviada que o governo pretende implantar.

A forma abreviada, diga-se, consiste no seguinte: o governo diz algo vago como “reformar o Maracanã, aumentando a capacidade em x mil cadeiras e melhorando tais estruturas”. Só. A empreiteira que ganhar decide como fazer.

Serguno Feghali, se o regime for adotado, ficará muito mais fácil fiscalizar, até porque haverá uma só empresa para fazer tudo. O governo perder tempo decidindo como quer a obra e estimando o preço de cada etapa? Que coisa do passado…

O problema é que se o regime é tão superior ao atual como a deputada diz, o governo teria de propor a mudança para sempre e para todas as obras. Mas está dizendo que é só para emergências. Ou seja: só para improvisos.

Tudo cheira a falta de preparo nesse caso. Resta torcer para o furo não ser muito grande e para, quem sabe, termos uma Copa sem muitos vexames.

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